E não é LP. Muito menos o... bem, deixa pra lá.
Não estou com saco de procurar datas nem no Google, o DataGonzo está falhando. Mas há algum tempo atrás, a F1 tinha um problema: os carros estavam fazendo curvas a velocidades alucinantes. Era uma época depois do acidente do Senna, as suspensões ativas foram retiradas, mas graças aos engenheiros, os tempos de volta se mantinham. As velocidades em curvas eram impressionantes.
Isso porque os avanços na aerodinâmica geravam downforce suficiente pra grudar mesmo o carro no chão. O patim de madeira não resolveu, mesmo com o efeito-solo reduzido, a força pra baixo aumentava corrida a corrida.
Idéia de gênio, vamos reduzir a aderência mecânica, para segurar a aderência aerodinâmica. De que adianta gerar 10.000 N de força aerodinâmica em curva, se o pneu não aguenta 2.000 N em curva? Ou seja, a velocidade em curva seria limitada pela aderência mecânica.
Tem um milhão de jeitos de se reduzir isso, mas a opção escolhida foi diminuir a área de contato do pneu. E também reduzir a largura total de 2150 para 2000 mm (DataGonzo ainda soluça). A idéia era que os carros iam escorregar mais nas curvas, diminuindo a sua velocidade.
Funcionou? Por um tempo. Umas 4 ou 5 corridas. Esses caras, os engnheiros, como sempre, deram um jeito e resolveram a equação, refinando ainda mais a aerodinâmica, para o carro ser sempre eficiente, em qualquer tipo de curva, fosse de alta, de média ou baixa velocidade. Os fabricantes contribuíram com história, Michelin e Bridgestone fornecendo compostos cada vez mais macios que aguentavam as exigências. No começo, ninguém reclamava de graining nos pneus, isso é coisa nova
O que aconteceu foi que os carros se tornaram ultraeficientes, só que só funcinonavam em condições ótimas. Aí o resto todo mundo sabe: não conseguiam entrar colados por causa da turbulência, falta de ultrapassagens, táticas de box, blá blá...
Este ano, os slicks voltaram. Área de contato maior, pressão menor. O que significa um composto mais mole. Isso permite uma pilotagem mais agressiva, o que pode explicar porque Felipe bate o Kimi de tão longe, a mesma coisa na McLaren, e também na Brawn.
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