domingo, 30 de maio de 2010

Conceitos Turquia 2010

Se o pau vai quebrar na Red Bull depois da prova?? Imagina...

A McLaren é um foguete de reta, a Red Bull vai sim jogar o título no lixo, a Ferrari ficou para trás e mais duas corridas começa a pensar em 2011. Di Grassi leva o título de pior da prova porque foi ultrapassado pelo Senna!! Corridaça essa de hoje...

Menção espcecial do dia: a Kgada da temporada!

sábado, 29 de maio de 2010

Escolheram o dia certo!

Aproveitando o mau humor do Bola, deixa eu destilar um pouco o meu veneno também...

Fórmula 1 na Turquia, com GP2 e F2 junto;
500 milhas de Indianápolis;
Fórmula 3 sulamericana em Caruaru.
Sem contar brasileiro de Rally Cross Country, mais um monte de pequenas corridas espalhadas no Brasil.

É, o pessoal do Racing Festival escolheu o final de semana certo para estrear a Fórmula Future.

Que puxa...

Que porra de estória é essa de não renovar coma a Turquia???
Os imbecis montam um "Grupo de Ultrapassagem" para gastar uma grana lascada criando regras tresloucadas para que os carros sejam ultrapassáveis, mas mantem só pistas de merda que não permitem ultrapassagem nenhuma???
Só vai sobrar barcelonas e hungrias? Vai ser mais chato que a Indy e seus malditos ovais...

Acordei cedo e estou de mau humor...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Empresários

Bom, não consegui confirmar a informação, então fica tudo nos aproximadamente. É que não sei se vou ter tempo para voltar ao assunto em breve.

Felipe Massa está fazendo um belo favor ao automobilismo nacional este final de semana. Ele está lançando o F-Future, categoria de monopostos-escola. cobrindo a lacuna entre o kart e a Fórmula 3. Isso todo mundo sabe.

O que pouca gente sabe é que além de retribuir o que ele mesmo fez, como participante das extintas Fórmula Chevrolet e Fórmula Renault, ele também tem um segundo objetivo: ganhar dinheiro com isso.

Ok, claro, ninguém entra numa barca furada pra gastar dinheiro. Ainda mais com automobilismo. A máxima "para se ganhar uma pequena fortuna com automobilismo, é necessário começar com uma grande" continua valendo. Mas como Felipe vai tirar dinheiro de um ralo?

Sendo empresário. Ele vai usar a sua categoria escola para descobrir novos talentos, fazer contratos de décadas, e levá-los até a F1. Ou o mais perto disso que ele puder. Isso é uma tentativa de cobrir, ou tentar recuperar os custos que ele teve ao longo da carreira. Hoje, cerca de 42% dos seus ganhos vão para Nicolas Todt. Quarenta e dois porcento!!!

Em 2002/2003, era uma situação de pegar ou largar para o Felipe. Estava demitido na Sauber. Teve a sua chance na F1 e ela estava escapando. Quando apareceu Nicolas. Oferecia boas equipes, e um retorno à categoria. E conseguiu. Uma ano de testes na Ferrari, mais duas temporadas boas na Sauber Ferrari, e se firmando um bom piloto, a mudança para Maranello, dando a volta por cima.

42%, ou mais! (foto Crash.net)


Valeu a pena ter vendido a alma ao diabo, fazendo um contrato de longo termo? Valeu, sem dúvida. Sem Nicolas, provavelmente Felipe estaria dividindo curvas com Gerson Gouveia numa corrida fajuta de Stock Car para novela na Globo.

Mas assim como no futebol, a figura deste câncer que é o empresário está cada vez mais presente. Eles são verdadeiro atravessadores do negócio. Fazem os contatos, e tiram dinheiro dos pilotos e das equipes, sem muito esforço. Claro, negociar com equipes de F1 não é fácil, mas com certeza é muito mais difícil pilotar a 300 km/h ou preparar um carro competitivo a 300 km/h.

A culpa não é dos pilotos. A culpa não é das equipes. A culpa é da situação, e na verdade é culpa de todo mundo. Porque eles colocaram os dirigentes que estão lá. E ser empresário num ambiente em que caras como Briatore e Ecclestone mandam é um mar perfeito para tubarões. Mas, de novo, sem Ecclestone provavelmente a F1 estaria correndo com carros feitos de monocoque de alumínio, descobrindo o CFD agora...



Esse é o tipo de empresário que a F1 precisa? (Foto: Felix Heyder - EFE)
Mas o que mais me preocupa é o serviço que os empresários podem prestar. Se eu tenho dois pilotos, ficando com 15% dos lucros do primeiro, e 30% dos lucros do segundo, e uma vaga em um time grande, qual dos dois eu vou empurrar para a equipe? O talentoso, de quem eu consegui arrancar somente 15%, porque ele tinha um futuro promissor, ou o mediano, que desesperado me deixou ficar com 30? O resultado pode ser uma F1 de pilotos medianos.
Ah, mas o empresário tem o risco. E se o piloto não vingar? Ele deixa de ganhar os seus porcentos. E o piloto aposenta o capacete. Mas se a carreira do piloto acabou, o empresário vai cuidar da vida de seus 6 ou 7 outros pilotos. Briatore passou por Fisichella e tantos outros, até acertar com Alonso.
Dizem que Vettel não tem empresário, cuida da vida própria, e negocia seus contratos ele mesmo. Mas com as cláusulas absurdas e contratos de 300(!) páginas dos pilotos de ponta, duvido que ele consiga manter isso. Aí vai cair na mesmice de ter que falar as palavras que a assessora de imprensa coloca na sua boca nas entrevistas. A máquina Fórmula 1 é um rolo compressor mesmo.
E tem as carreiras, que por algum motivo não deslancham. Bia Figueiredo é uma excelente piloto. Já contei, fui comissário de uma corrida confusa na Bahia, e a menina, com 15 ou 16 anos na época, era a mais sensata e madura do grid. Na época, a Fórmula Renault era administrada por Pedro Paulo Diniz e André Ribeiro. E a equipe da Bia era do Augusto "Formigão" Cesário.
Curiosamente, hoje os empresários de Bia são... André Ribeiro e Formigão! Massa não é o primeiro a descobrir talentos... A F-Renault acabou, por alguma discussão entre os promotores, acusações, etc. Mas não quero entrar na índole do André nem do Cesário.
Só que eu fico incomodado com o fato da Bia sofrer tanto para chegar lá, apesar do talento, simpatia, beleza e inteligência. Será que o contrato dela é de 15%, ou os seus empresários estão pisando na bola, por falta de competência?
Será que está com o empresário certo? (Foto Globoesporte.com)
No final, quem perde com isso? O esporte. É duro ver times como o Palmeiras na mão de empresários, é duro ver o Santos, que vem montando um timaço há anos, ter uma parte do Neymar, uma unha do pé do Ganso, e o resto estar na mão dos empresários. E a F1 vai pelo mesmo caminho. Tomara que acordem e mudem esse quadro, antes que se torne o Campeonato Mundial de Empresários de Fórmula 1.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O moribundo e nós

Gente, buenas.
Antes de tudo, deixa eu esclarecer uma coisa. Meu pai vai muitíssimo bem de saúde, felizmente. O moribundo a quem eu me refiro é o pseudoautódromo de Jacarepaguá. Era um gancho com aquele post do "Velho e eu", sacaram? Falei muito do meu pai porque fiz a viagem com ele, e mais de 20 anos depois, ainda lembrava de muita coisa. E que sou muito grato ao meu velho por ele apoiar as minhas loucuras.

Mas como dizem, se você escreve um texto e um não entende, esse um é burro. Quando dois não entendem, o burro é você! Neste caso, só um entendeu... Significa que o burro sou eu...

Mas aproveito pra mandar mais uma do moribundo, agora com a turma da mão na grade. Foi o CINZANO GRANDE PRÊMIO DO BRASIL DE MOTOVELOCIDADE 2002.

Eu lembro que foi uma viagem de doidos. Eu estava em São Paulo, o Rafa em São José dos Campos, e o Bola fazendo um trabalho pra Volks em Resende. Era uma sexta de chuva, mas mesmo assim fomos. Dormimos em Resende, e sábado logo de madrugada saímos para o Rio. (A corrida era no sábado). Autódromo quase vazio, mas ver os malucos trocando tinta dos cotovelos a 295 km/h era coisa de louco. Valeu a pena. Na volta, nos perdemos e ao invés de cairmos na Dutra, acabamos indo parar na Lagoa Rodrigo de Freitas, pra dar um tchauzinho ao Cristo. Voltamos pra SP e ainda fomos ver no domingo a F-Truck em Interlagos!


Autódromo quase vazio, este é o falecido (destruído, entenderam?) Setor Norte. As arquibancadas são melhores que o Setor A de Interlagos, a visibilidade da pista é ótima, dá pra ver um pelotão de motos entrando na reta, lado esquerdo da foto.
Aqui, alguns dos Zé Ruela. Foi a única vez na minha vida que eu vi chuva horizontal. Chovia fino, e ventava muito. Estava de boné pra não molhar as lentes do óculos, mas o vento era tanto que molhou até a minha testa!! E o vento detonou as nossas capas de chuva. Os sorrisos são pra esconder o frio. Mal sabia que ia passar mais frio que isso, em Interlagos 2009 e Silverstone 2008... É impressionante que isso foi em 2002 e nós ainda não aprendemos como nos manter secos em cima de uma arquibancada de autódromo...

Acho que não sou só eu o burro neste blog.

terça-feira, 25 de maio de 2010

O moribundo e eu

Eu prometi que ia postar as fotos daquela minha primeira visita a Interlagos.

Mas no meio do caminho achei também outra relíquia. O meu primeiro GP de F1. Foi nos dias 1,2 e 3 de abril de 1988. De tanto encher o saco do meu paizão, ele decidiu me levar pra assistir a um GP. Com algum custo compramos um pacote, e na madrugada de quinta para sexta, a santa da minha mãe nos levou até Jundiaí. É que o ônibus da excursão iria passar lá, na Anhanguera, pra nos pegar.

O combinado era 4:00 da manhã. Chegamos 3:30. Minha mãe foi embora, ficamos meu pai e eu na Anhanguera. 4:10, 4:20, 4:30... Nada do ônibus passar. O meu desespero aumentando, fomos esquecidos! Na época mal existia orelhão de ficha, quanto mais celular...

5:00 da manhã chegou o ônibus. Ufa! Embarcamos, mal conseguia dormir. Chegamos umas 10 da manhã ao Rio, eu queria ir para o autódromo, o ingresso era de 3 dias, mas o pacote não. Sexta-feira, um city-tour pelo Rio. Que também foi legal, meu pai me mostrou os lugares que havia trabalhado no centro, e comemos um delicioso galeto numa boca que os nativos ensinaram pro meu velho.
Sábado, 8 da manhã o ônibus nos deixou no RioCentro. Era mais de 1 km de caminhada até o setor N, na Curva Norte. Foi lá que fiquei, e foi lá que vi o meu primeiro GP. Tem mais de 20 anos, mas ainda não esqueci.
Mas como sempre, falei demais. agora fiquem com as fotos, e conforme for, vou comentando. E vocês, podem tirar sarro do molecote feliz da vida!
A montagem tá meia boca, mas essa era a visão da Curva norte. Na foto da direita, bandeiras amarelas por causa de uma errada do Maurício Gugelmin (Leyton House) no Warm-up.
Isso era o terreno por trás da área de escape da cuva norte. Hoje é o Maria Lenk. Mas a cara de felicidade do Pequeno Gonzo não dá pra esconder. Reparem as perninhas tortas!
Olha a carinha do pimpolho! O carinha que está com fone de ouvido é o pai da menina e sem querer ele me protegeu de uma sacada de... Bom, história nojenta. A menina ficou encharcada e deu polícia, a coisa foi bem feia.

Volta de apresentação. Senna estava na pole, era estreia na McLaren, mas antes da volta de apresentação o câmbio trava. Ele largou o carro no grid, pulou para o reserva no box, ali em frente, e largou do pit. Saiu em último, e fez uma corrida especial, passando todo mundo.
Aqui, a galera comemora mais uma passagem do Senna. Ele foi escalando a classificação andando num ritmo impressionante. Mas foi desclassificado na metade da corrida, quando estava em segundo lugar, se aproximando do Prost. Quando havia carro reserva, a regra era a seguinte: depois que você alinha no grid, só podia usar o carro reserva se a largada fosse considerada cancelada. Depois veio o Safety Car, as largadas não foram mais canceladas, e os carros reservas viraram doadores de peças somente.
E foi isso. Achei muuuita coisa desses 20 e tantos anos de GP Brasil. Acho que vou postar antes da corrida em novembro, mas as fotos do velho eu posto antes. Pena que o Moribundo vai muito mal das pernas, só falta desligarem os aparelhos...

sábado, 22 de maio de 2010

Spa Francorchamps 2010

Demorou um pouco mas finalmente consegui organizar as fotos da nossa visita a Spa Francorchamps. Ao contrário de quando fui com o Leopoldo, dessa vez não consegui andar na pista, mas por outro lado seguimos as trilhas laterais e rodamos praticamente o circuito todo.

Eu já tinha noção de como a Eau Rouge era inclinada, mas não imaginava a pirambeira que é o resto da pista. Paramos para tirar umas fotos na longa reta após a Eau Rouge e assustou o barranco que o público fica. Se alguém sentar em um papelão, vai parar lá na grade, tal a inclinação. Não é uma "arquibancada", é um poleiro.

A parte central da pista é um matagal com trilhas que ligam as diversas partes do circuito. É muito bonito. Valeu demais a visita, lembramos dos nossos amigos como podem ver nos vídeos abaixo e pagamos aquele mico com as fotos estilo "mala", instituidas pelo Gonzo. O CT mostrou uma desenvoltura absurda na frente das câmeras, e eu parecia candidato político, só esqueci do "Meu Nome é Enéas" no final!!

Spa de novo... chega de visitas, na próxima vez é pra assistir corrida.





Pole Day Indy 500

Está rolando ao vivo, pelo www.indycar.com, o treino classificatório para as 500 milhas de Indianápolis. Sei que a corrida e a categoria não são muito populares neste blog, mas ela tem sua beleza e tradição.

Tagliani vai bem na luta pela pole, pelo menos até o momento. Minha torcida vai para o cara, afinal se ele ganhar as 500 milhas eu e o Gustavão podemos dizer que temos uma foto com um vencedor da corrida!!!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Histórias dos meca (1)

Os mecânicos sempre aprontam alguma pra cima de pilotos. Eu já ouvi várias, já participei de algumas e já fiz umas poucas. Conforme eu for lembrando vou postando aqui. Nunca contando o nome dos santos, mas vocês vão saber pelo milagre.

A primeira eu participei. Aconteceu de eu estar numa equipe que tinha dois pilotos, um era gente boa demais, um cuca fresca, tudo estava bom pra ele. Dava uma volta com o carro, e na volta:

- E aí, o que achou do carro?
- É, tava legal.
- Mas a suspensão, tá muito dura?
- Não, tá legal.
- Mas tá saindo de frente?
- Tá, mas é normal. Tá legal assim.
- E o motor? A retomada melhorou?
- Hummm, tá bom, o carro tá todo bom.

Era difícil arrancar alguma coisa dele que pudesse melhorar o carro. Era um piloto das antigas. Pra ele, o piloto tinha que se adaptar ao carro. Pena que essa teoria caiu faz uns 40 anos...

Mas o segundo piloto, esse era o cara. 6 vezes campeão brasileiro, 4 sul americano, o cara era o bicho. Extremamente meticuloso na preparação do carro, e dizia-se, um grande acertador de carros. Mas na verdade o cara era um mala. Se metia onde não precisava, e sempre tratando os meca como se fossem seus escravos. Pegamos antipatia na hora, mas não dava pra escapar, o final de semana íamos andar com ele. Para o meu azar, eu era o responsável pelo carro dele. Ele tratava diretamente comigo, eu recebia as pauladas primeiro.

Colocamos esse pilotaço pra andar a primeira vez. Ele deu 4 voltas, parou, disse que estava horrível. Uma lista enorme de coisas pra mudar. Ficamos horas reajustando amortecedor, mudando posição de banco, volante, cortando e soldando pedal de freio, mudando a posiçãod o atuador hidráulico da embreagem, mas na manhã seguinte o carro estava pronto.

Ele chegou, olhou, sentou. Sorriu, meio desconfiado. Mas gostou. Foi pra pista, mais 4 voltas, voltou. Tava ruim, mas dava pra andar. Foi pra sessão de amaciamento do câmbio, 30 voltas. Terminou. Trocamos os pneus, aí sim, pra virar tempo. Mal desceu do carro, já veio me perguntando:

- Que libragem é essa?
- Estamos colocando 30 libras.
- Estão loucos, tá tudo errado. Põe 28.

Pôxa, muito errado. Mas foi um mecânico calibrar de novo. Frio, 28. Confirma? Confirma. E lá se foi o piloto. Foi e virou tempo, nada muito diferente da sessão de amaciamento, mas melhorou um pouco. Voltou, feliz da vida:

- Tá vendo? Vocês estão calibrando errado. O carro é completamente diferente agora. Muito mais previsível nas freadas, mais neutro, recebe melhor as pancadas, tá uma beleza. Sempre mantenham em 28, a não ser que eu mande mudar, ok?
- Ok. - Disse eu, meio resignado. Não mudava muito a coisa pra mim, o que interessa é que ele fosse rápido. Foi quando eu olhei para os meca. Nas costas do piloto, eles gargalhavam. Mas não era hora de perguntar porque, não dava.

A sessão de testes acabou, o superpiloto foi embora. Foi quando eu olhei a folha de setup. Nos campos de pressão dos pneus, estava:

Dianteiro direito: 32
Dianteiro esquerdo: 26
Traseiro direito: 24
Traseiro esquerdo: 28

O grande acertador de carros não percebeu que o carro estava completamente errado!! Os meca sacanearam o cidadão, e ele nem percebeu! O que aconteceu foi que no resto da corrida toda ele fazia os pedidos de acerto, nós fazíamos do jeito que queríamos, ele nem percebia e acabou abandonando a corrida sem nem ter idéia do quanto rimos dele a prova inteira.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Do bloco de notas - GP de Mônaco (agora sem pegadinha)

V1 : Que largada do Massa!

V2: Arquibancadas vazias? Hummm....

V5: Não me pareceu erro do Hulkenberg, como disse o Lito. A Virgin fez a curva na mesma linha, também pegou sujeira, e saiu do túnel.

V8: Alonso alucinado, subindo em cima da calçada da curva Poitiers pra pegar o Di Grassi.

V21: Esqueceram o "remove before flight" no carro do Button... que bizarro...

V24: Meu Deus, que amadora essa Sauber! Parece equipe estreante, esse pit do De La Rosa foi demais.

V29: Agora vão falar que seguraram o pit do Rosberg pra ficar preso no tráfego dar tempo pro Schumacher passar na pista. Se fosse com o Rubinho...



V32 - Que maldade, que pena o Rubens, estava correndo mais que o carro.
V33 - Cara, que pancada do Rubinho!!!
V46 - Tampa de bueiro solta não é novidade. Mas em Mônaco?
V57 - Que roda sinistra essa da Ferrari. Parece roda de biga!
V64 - Que absurdo essa sequência de voltas rápidas do Webber!
V65 - E o engenheiro do Webber manda segurar o ritmo. Estava antevendo uma parede próxima?
V67 - Que corridaça do F. Alonso. [depois pensei melhor e vi que nao fez muita coisa não, só uma tática bem feita]
V68: Momento viagem: e se a pista fosse no sentido contrário, tirando a chicane do porto? Muito o que pensar.

V75: [sobre o acidente de Trulli e Chandhok] Que acidente bizarro. Quarto Safety Car. E o bombeiro apagando a labareda, não o foco do incêndio? E o Chandhok protegendo a cabeça, no reflexo?
V76: Lito execrando o Trulli pelo acidente. Achei normal. Karun abriu a tangência, Jarno viu o espaço e tentou. Chandhok não viu, fechou a porta e os dois bateram.
PR1: Schumacher surpreendendo Alonso, como surpreendeu Rubinho 2006 (?). O instinto assassino de campeão continua lá.
PR2: O guarda-cordeiro fez uma cara feia ao levar uma duchada de champanhe do Webber...
E cara, a mulher que entregou um troféu é filha da Caroline de Mônaco! Ou seria da Stefanie? Como o tempo passa...
V76:

Do bloco de notas - GP de Mônaco

Mais do que um esporte, a coisa virou show. Todo mundo sabe disso. Mas pra mim, a gota d'água foi a declaração do Bernie dizendo que quer chegar a 25 eventos por ano. Um final de semana no Canadá, 15 dias depois em Abu Dhabi, depois mais 15 dias e Malásia, depois Coréia, depois.... Um discurso muito coerente com redução de custos. OK, mais exposição e mais lucros. Mas tudo tem um limite, e para o campeonato mundial, 18 provas tá mais que bom. Mas a tendência é realmente vai aumentar o número de provas para pelo menos insanos 22 finais de semana.

A Nascar corre 1250 vezes por ano? Tudo bem. Dentro de um só país, com uma logística fácil. E cá entre nós, um carro de Nascar não exige o preparo de um F1. Bom, a minha resposta ao Bernie tem sido esta: São Paulo, Parque Burle Marx, domingo, 15 de maio de 2010, umas 10:30 da manhã. Acordei no meio da corrida, o dia estava lindo, peguei a minha querida, e fui aproveitar o dia.

HERESIA TOTAL! Mas é verdade, estou naquela fase de jovem senhora de 30 anos, que redescobre a vida. Amo o esporte, mas ultimamente estou dando mais valor a um belo domingo com uma excelente companhia. E olha que fui eu que convidei, ela nem me pediu pra ir passear. Se eu tivesse ficado assistindo a corrida, ela ficaria numa boa ao meu lado.

Agora, a verdade: Santo SporTV. Se não fosse aquele replay de noite, eu jamais sairia da frente da telinha. Por isso o bloco de notas de Mônaco vem no próximo post.

domingo, 16 de maio de 2010

A Vingança de Damon Hill

E Schumacher foi punido. A decisão da FIA foi baseada no regulamento: "if the race ends whilst the safety car is deployed it will enter the pitlane at the end of the last lap and the cars will take the chequered flag as normal without overtaking".
Damon Hill foi um dos stewards hoje e deve ter sentido um gostinho de vingança ao tomar essa decisão.

Webber & Mansell

Para "comemorar" a vitoria do Webber comentaremos uma comparação feita pelo Flavio Gomes com o Mansell. Segundo ele o Mansell tambem era considerado um piloto mediano, que não ia virar mais nada, mas que conseguiu ser campeão e virar idolo já com certa idade, o que pode vir a acontecer com o Canguru Gigante.
Mas o que realmente interessa no comentário do Gomes é que os dois curtem uma mulher feia. Então vamos ver, na sua opinião, quem tem a esposa mais feia??


Mansell, o velho Leão Marinho:




Mark Canguru Webber:


Conceitos de Monaco

Hoje ficou pronto antes do final.

Licença, tá vazio? Vou ficar aqui então...

Buenos dias,
O GP de Monaco está tão emocionante que eu até arrumei tempo pra acertar minha conta no google para participar deste espaço.
Pois é, cheguei pra baixar um pouco o nivel do blog. Nada de texto literatura como o Gonzo, nada dos livros técnicos do CT, mas tambem espero não ser tão mala quanto o Rafa...
Opa, o cagado do Barrichelo, que tava "numa corrida excepcional, com toda sua habilidade e blá blá" rodou no meio da reta e deu uma bela porrada, é um piloto de F1 azarado mesmo (não dá pra falar que ele seja uma pessoa azarada porque ele é milionário, mora na Baroneza e tal, mas que ele é um piloto cagado, isso ele é).
Enfim, como eu tava dizendo antes de ser rudemente interropido pelo Barrica, tô na área.

sábado, 15 de maio de 2010

Vai Loeb, faz acontecer!!

Aposto que o verdadeiro Loeb não recebe uma dessas...

Lembrança de Bruxelas, terra do Atomiun, do menino mijão, do Tin Tin, dos Smurfs, e de um guarda FDP que me garfou fazendo alguma manobra de grande audácia!

"Pour avoir circulé Rue du Luxembourg venant de la place do Luxembourg en direction de la place du Trône. Le véhicule a franchi le signal d'interdiction C3 avec le panneau additionnel: excepté Stib-Bus-Taxi et Cyclistes"... alguém sabe francês?? .. acho que andei por onde não podia...

Homenagem

Fugindo um pouco dos propósitos do Blog, gostaria de mandar os parabéns ao Gustavão que fez aniversário essa semana, dia 12.
Valeu Gustavão!! Um grande abraço e paciência com o Bugre. Lamentamos apenas que esse blog tenha tão poucas participações suas! Toma vergonha na cara.
Ah, rolou um boato que ele estava em Fortaleza esses dias... mas na verdade ele foi visto em Recife, treinando para o Carnaval de Muzambinho 2011...

Treino em Monaco

Começou mal o treino... com Galvão e companhia vibrando porque Alonso estava fora do treino. Agora o mocinho Massa teria caminho livre contra o vilão das Asturias. Piorou quando soltou que a curva mais famosa do mundo, o harpin do Hotel Loews, virou definitivamente a "Antiga Gare", porque "como o nome do hotel muda toda hora, não precisamos fazer propaganda para os outros"... nojento essa cultura da Globo.

Na pista, mais uma classificação onde se aplica o "treino é treino, jogo é jogo". A Red Bull escondeu o jogo porque a volta final do Webber, 0,3 décimos abaixo do Kubica e quase meio segundo abaixo do que eles estavam andando não foi uma volta que ele "achou". Enquanto Kubica e Massa chegaram no limite durante o treino, a Red Bull esperou a hora certa, quando não havia mais tempo de reação para os outros.

Massa parece ter feito o que podia com a Ferrari, mas fiquei com a impressão de que se Alonso estivesse na pista, Massa largaria em quinto. Ele vai reclamar do tráfego, que não encontrou o grip adequado, graining no pneu, mas a verdade é que não abaixaria disso.

Belo treino de Barrichello. Alcançou aquilo que se espera da Willians, ser a primeira do resto. E parabéns para a Lotus pois assustou a Sauber e Toro Rosso no Q1 e quase foi a surpresa. Mas o gap com a Virgin diminuiu...

Monaco não aceita erros e Webber não costuma errar. Já tem metade da vitória. Se não chover, não tiver bandeira amarela, não bater (no muro ou na Hispania), ou quebrar, ele leva porque ninguém vai ultrapassá-lo. Mas correr quase duas horas em Monaco é praticamente certo que alguma coisa estranha vai acontecer. Vou torcer pro Kubica, mesmo que isso signifique mais pressão em cima do Massa.

E enquanto escrevo ouço na TV uma propaganda do Circuito de Interlagos, onde um cartola diz que vão construir um museu do Automobilismo por lá. Espero que não seja apenas empolgação pelos 70 anos.

Rapidinhas da transmissão da BBC

- Reportagem com Stirling Moss, ele foi o primeiro britânico a vencer um GP em Mônaco e venceu com uma Lotus. Recentemente ele caiu e quebrou sua perna em várias partes e está em recuperação. Motraram as radiografias e a perna está cheia de parafusos, aí ele solta: os médicos fizeram um ótimo trabalho e colocaram peças que são tão boas que provavelmente foram projetadas por Colin Chapman.
- A segunda do Moss foi quando mostraram um acidente dele na década de 60 em que ele entortou o volante com a cabeça (ele tem o volante em casa) porque não tinha cinto de segurança. Perguntaram o que ele acha da segurança da Fórmula 1 atual. A resposta: "eu gosto da segurança hoje, mas fico feliz que corri naquela época porque você chegar em uma curva a 200km/h e saber que você pode morrer se errar te faz sentir algo "pretty cool""!
- Entrevista com o Damon Hill, que será FIA Steward em Mônaco. Aí ele falou que está nervoso, porque pode ter que decidir por uma punição severa a algum piloto. Aí volta para o David Coulthard e ele manda: "acho que a primeira coisa que o Damon vai fazer é aplicar uma multa de 10000,00 no Schumacher", hahaha.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Classic Team Lotus Festival

Alguém quer vir me visitar em junho?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O velho e eu

Foto de 1958

Conheci o velhinho por um livro. No "Manual do Escoteiro Mirim" tinha uma foto dele. Eu, com uns 9 anos, e ele, já um senhor de 46 anos. Pelos anos seguintes, soube de uma ou outra notícia desse senhor. Meio decrépito na idade, mas não no espírito. Sempre que falavam dele, era com respeito e admiração.
Em 1989, veio a notícia: o velho iria fazer uma plástica. A idéia era trazer novamente os melhores pra se apresentarem com ele. Em uma ensolarada tarde de novembro, um domingo, o maluco do meu pai me levou lá, pra conhecê-lo. Ele estava debilitado, ainda com as feridas abertas da sua plástica, mas o ímpeto de guerreiro estava lá.
Não esqueço este dia, e até me lembro que tenho 5 fotos de lá. Meses depois, eu, meu pai e minha irmã estávamos lá, e mais 100 mil pessoas estávamos lá, para ver o renascimento dele. A apresentação foi boa, ele não estava 100% recuperado, mas todo mundo sabia que a partir daquele dia seria sensacional.
O mocinho não venceu na reestreia, mas venceu na apresentação do ano seguinte. Festa geral, era o final que todos queriam há muito tempo. Só que o senhor, com então 51 anos, foi um dos protagonistas da história. Histórias boas e más continuaram acontecendo, sempre com ele recebendo seus amigos, todos os anos, para a Grande Festa.
Neste tempo, fui virando seu fã. Seu temperamento por vezes instável, e invariavelmente impiedoso com quem o tratasse mal, me fascinavam. Acabei conhecendo alguns detalhes dele por curiosidade e admiração.
Em 1997, ele me convidou pela primeira vez. Eu não podia acreditar. Estaria lá, passaria 4 dias na sua companhia, entenderia seus humores, e me lembro de como ele me acolheu. Foi duro, me tratou mal, me fez passar frio, mas me deu um final feliz. Ele ainda me acolheu por mais alguns anos, foi até um velhote muito legal por me deixar andar de bicicleta sobre ele. Ele me mostrou um nascer do sol inacreditavelmente lindo em 1999.
Os anos foram passando, acabei indo a várias festas de diferentes tamanhos, com diferentes convidados. Me diverti, sofri, me frustrei, ele me molhou várias vezes, por pura graça, demonstrando a sua grandiosidade perto da minha insignificância. Depois fui para longe, mas sempre nos encontrávamos nos dias da Grande Festa.
Voltei para perto, e pelo destino, ou opção minha, acabamos nos tornando vizinhos. Hoje, é um velho companheiro. Pelo menos duas vezes por mês vou visitá-lo. Ver os seue ensaios e apresentações. Não sinto mais aquele calafrio que sentia toda vez que chegava perto dele, apenas sinto uma sensação boa de estar com um velho amigo. E ele me recebe sempre bem. E é bom ver que apesar da idade, cuidam muito bem do velhote.
O velhinho fez ontem 70 anos. A idade está lá, na sua história. Mas o vejo cada vez mais moço, pronto para os próximos desafios e apresentações que ainda virão. Que venham os próximos 70 anos!!
Foto de 2009

terça-feira, 11 de maio de 2010

Da folha de notas - GP da Espanha

O assunto está esfriando, então resolvi dar uma parada nos estudos e postar logo isso aqui. É o seguinte, Espanha foi o primeiro GP que assisti com uma folhinha pra anotar as coisas, e a transcrição dela é a que segue. Por estar viajando, perdi o começo da corrida. Não perdi, estava na estrada ouvindo no rádio, mas não podia anotar nada, né?

Bom, vamos lá. Em azul, os comentários depois pra explicar melhor o que estava na minha cabeça. Mas vou tentar explicar o menos possível, pra interpretação de vocês.
Divirtam-se!


Volta 22: sentei no sofá pra assistir a corrida.

V26: Não viram que o bico quebrou (Massa) - Precisaram de uns 2 ou 3 replays pra ver que tinha quebrado. Não dava pra pelo menos um dos 3 ficarem de olho sempre na tela?

V28 - Tudo bem, é muito lento, mas a burrada foi do Buemi - sobre o acidente com o Chandhok.

V32 - Só o Regi ainda se preocupa com os pontos totais na carreira de um piloto. Sobre Rubens alcançar Senna.

V38 - Boa observação do Burti sobre o desgaste do pneu, quando se está andando na bota de alguém. É sobre o graining, ainda vou escrever sobre isso mais tarde.

V40 - Pelo amor de Deus, tirem aquela última chicane da pista! Aqui explico: era idéia de fazer os carros entrarem na última curva lentos, sem depender do grip aerodinâmico, portanto mais colados na reta. Mas o tiro saiu pela culatra; a chicane provocou mais asa, e mais ar sujo pra quem vem atrás. Então ninguém consegue entrar colado na reta igual.



V41 - Será que é só o Lewis que reclama toda corrida de falta de grip? Ele ainda não tinha batido.

V44 - Asa presa do Vettel? Como assim? De novo um erro besta? A Red Bull é equipe estreante?

V47 - Pane na cronometragem e geração de imagens poderia comprometer a estratégia das equipes na pista... Sinistro...

V51 - Engenheiro ensinando Rosberg no rádio: Mais asa quando estiver com ar sujo? Pô, um piloto precisa saber isso de cór. Mais ainda, precisa sentir isso.

V53 - Ventania no contra na reta.

V55 - Asa travada do Vettel leva a um desgaste maior dos pneus.


V58 - Pedaço de carro na pista por várias voltas. Na China provocou a entrada do Safety-car, na Espanha esse pedaço pode?
V59 - E se as pistas fossem MUITO onduladas? Mudaria a dinâmica dos carros, ficariam mais altos, menos dependentes do assoalho... e por aí vai. Viagem minha.
V62 - São rápidos, mas frágeis, esses Red Bull.
PR1 - Barrichello, pensei que ia ficar no bolo da largada, pontuar foi uma vitória.
PR2 - Adrian Newey saiu da McLaren para não ter mais pressão. E agora, com o compromisso de fazer os Red Bull andar? A F1 é um rolo compressor mesmo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Autosport e F1 Racing

Se tem uma coisa que o CT não pode reclamar em Londres é a quantidade de material e informação disponível para os amantes da F-1. Já falamos algumas vezes da transmissão das corridas na TV, que começam 40 minutos antes e terminam bem depois da coletiva dos pilotos, contando com repórteres e comentaristas como Martin Brundle, Eddie Jordan e David Coulthard.

A parte de revistas não fica atrás. No aeroporto de Londres comprei uma Autosport e uma F1 Racing pra ajudar na viagem. O conteúdo das revistas é impressionante. Existe um balanço entre matérias técnicas, análises esportivas e fotos animais. Várias matérias especiais, dados interessantes que ajudam a entender várias coisas, mas também rolam, de vez em quando, alguns jornalistas meio parciais (revista inglesa, Button, Hamilton, Mclaren... já viu né...). Pretendo escrever alguns posts sobre as reportagens mais interessantes.

Por ora, uma rápida mas interessante. A F1 Racing fez um levantamento da média de carros que terminaram as corridas em cada campeonato, de 1990 até 2009. O resultado é incrível e demonstra como a confiabilidade aumentou nos últimos anos. Em 1990 a média de carros que completava as corridas era de 50%. Considerando que nessa época largavam uns 24, 26 carros, apenas 12 ou 13 carros terminavam a corrida. Por isso que não era difícil aparecer um Yannick Dalmas de Larrousse marcando 1 ponto pelo sexto lugar em alguma corrida tumultuada. Ou mesmo o famoso sexto lugar de Roberto Moreno, de AGS, na Austrália em 1986.

Essa taxa fica variando entre 50% e 60% até o ano de 2002. Dai para a frente, a confiabilidade dos carros começa a subir ano a ano, atingindo em 2009 uma taxa próxima de 85%. Ou seja, com um grid de 20 carros, geralmente 17 chegavam ao final, praticamente inviabilizando as chances das equipes médias de atingirem os pontos. E isso inclui quebra mecânica e acidentes...

Talvez isso seja um dos motivos que levou ao aumento do número de pilotos que marcam pontos por corrida... "Bem Bolado" como diria Silvio Santos e o próprio CT...

Essa incrível confiabilidade mostra porque hoje em dia vale muito marcar pontos em todas as corridas. No passado era quase certo que cada piloto ia ter umas duas ou três quebras ao longo do ano, então ficar sem pontuar em uma corrida não era tão traumático. Hoje em dia isso mudou. Passar uma prova sem marcar pontos significa queimar uma gordura que dificilmente o piloto recupera, que o diga Massa em 2008 e 2009.

Post 200

Chegamos lá!!

E daqui pra frente chega de comemorar os posts centenários que isso é coisa de site mixuruca...
Rumo ao post 1.000!!

domingo, 9 de maio de 2010

Jogo dos sete erros

Toyota - GP Brasil 2009



Lotus - GP Espanha 2010
Olhando a asa dianteira, alguém adivinha de onde vieram a maioria dos engenheiros da Lotus?

Conceitos Barcelona

Webber é o Damon Hill... Vettel é zicado... Essas coisas só acontecem com o Hamilton... Alonso é muito candidato a campeão... Schumy foi a rolha da pista, estragou a corrida do Button e escondeu a performance fraca do Massa... abre o olho Massa, mais três corridas assim e o mundo vai pedir Kubica no seu lugar. Trulli arrepiou!!

Para as mamães que acompanham o blog, feliz dia e parabéns pra Luana pelo seu aniversário!!

sábado, 8 de maio de 2010

Rapidinhas da Fórmula 1

- O desempenho da Lotus hoje foi muito bom. A diferença entre a equipe e o último das equipes de ponta caiu de 3s para menos de 2s e a vantagem para a Virgin abriu quase 1s. Até o Trulli ficou feliz! Mas não, ainda não fiz nada, hehehe
- Baseado nas reuniões técnicas das equipes com a FIA, mecanismos serão criados no regulamento técnico para proibir o difusor duplo e o F-duct em 2011. Esse é o direcionamento recebido para o ano que vem.
- Red Bull colocou quase 1s na segundo colocada hoje em Barcelona! Isso que a Red Bull ainda não tem o sistema de stall da asa traseira funcionando ainda... Os caras estão em dois níveis acima em termos de velocidade. Se a corrida for no seco e os problemas de confiabilidade forem resolvidos, vão dar aquele passeio em que o 3o lugar toma volta. O Bruno Senna então, coitado, vai tomar umas 7 voltas amanhã.
- Engraçado assistir aos treinos livres e acompanhar a Ferrari e Sauber estreando o F-Duct. Vi o Rob Smedley falando para o Massa liberar o sistema e recuperar o escoamento na asa traseira 2 ou 3 metros antes da frenagem para segurança. Depois vi a Sauber rodando em frenagem. O piloto tem que ter as manhas pra tirar o joelho, pisar no freio e reduzir as marchas...
- Que acontece com o Massa? O Alonso é tão bom assim ou o Massa tá perdido?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Formula Acrobática

Eu já vi muitos acidentes em automobilismo em função de toque entre rodas, causando a decolagem do carro que vem atrás. Se não me engano, o Galvnistico termo "colou-subiu" surgiu no acidente abaixo, onde o expoente italiano Riccardo Patrese tentou completar um loop invertido, mas se deu mal.



Anos depois, o já decadente Christian Fittipaldi, amigo de longa data do Gonzo, completou a façanha proposta por Patrese, e ainda completou a corrida, na sua mais marcante manobra na F-1.



Mas o piloto angolano Ricardo Teixeira, da F-2, conseguiu humilhar os dois. Em uma manobra inédita, decolou e deu um giro de 360 graus, mas ao redor do eixo longitudinal!! Esse cara é bão!!



Vai Lotus, vai CT!!

Opa, voltei! Depois de alguns dias longe do blog aproveitando as férias, esse final de semana quero colocar a casa em ordem. Tem bastante coisa que rolaram nestas últimas semanas que merecem comentários.

Pra começar, vai Lotus!!! Tá na cara que é o efeito CT!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Estolando a Asa Traseira

Para mim uma asa estolada sempre foi sinônimo de algo ruim! Demorei muito tempo para conseguir entender qual o sentido de estolar a asa traseira de um F1 como a McLaren vem fazendo e como todas as outras equipes estão tentando fazer.
A asa traseira de um F1 possui dois elementos: elemento principal e flap (na seção central da asa é permitido uma configuração com três elementos, mas não vem ao caso aqui). O flap é um elemento gerador de downforce por si só, mas tem uma influência muito maior na geração de dowforce do elemento principal. Se olharmos só para o flap, a relação -L/D não é muito alta, ou seja, ele gera muito arrasto para pouco downforce (ressaltando novamente que ele tem uma função muito mais importante no conjunto com o elemento principal). Se for possível estolar o flap, ocorre uma drástica redução de dowforce e arrasto neste elemento, o que é ruim em curva mas excelente em reta porque downforce não é necessário lá (o único lugar em que é preciso downforce em reta é no Sambódromo).
Isso vem sendo trabalhado há muitos anos na F1. Antigamente não existia controle de deformação e as equipes projetavam as asas de maneira que o elemento principal e flap se uniam devido a carga em reta e estolava. Com a proibição desta técnica, as equipes passaram a desenvolver outros métodos. Ano passado algumas equipes apareceram com as barbatanas grandes até próximo da asa e a idéia era criar uma camada limite nesta carenagem para afetar a asa em reta e estolar o flap. Este ano a McLaren apareceu com o esquema de injeção de ar atrás do flap que pode ser controlado pelo piloto. Esta talvez seja a técnica mais segura porque o fenômeno pode ser bem mais controlado. As outras equipes estão testando suas configurações agora, mas isso leva um tempo porque o fenômeno é muito sensível e difícil de ser ajustado. Você não quer sua asa estolada em uma curva... Em quanto isso, a McLaren leva uma clara vantagem em reta. Os dados das equipes apontam a velocidade máxima deles como sendo entre 8 e 10km/h mais alto do que a segunda mais rápida! Vocês conseguem imaginar o que isso vai significar na reta de Barcelona?

Dentro da Fórmula 1

Agora tudo é oficial, já está acontecendo e posso colocar um post aqui no Blog do Zé Ruela. A Lotus Racing realizou um benchmark no final do ano passado para escolher o software de CFD a ser utilizado e a CD-adapco venceu. Desde então eles começaram a montar um time e desenvolver metodologia, no entanto encontraram diversas dificuldades porque F1 puxa todos os limites de tecnologia: tamanho dos modelos, modelos de turbulência, quantidade de processadores nos clusters, comunicação entre os computadores, etc.
Sendo assim, eles decidiram contratar três engenheiros da CD-adapco para ficar on-site por três meses, um deles para trabalhar em desenvolvimento de metodologia e outros dois para trabalhar em produção de simulações. Meu chefe me ofereceu a oportunidade de trabalhar na segunda área e eu aceitei!
Comecei na segunda-feira passada. Inicialmente tomei um susto enorme devido à localização: fica lá no meio do nada, bem no meio do nada. Não tem nada perto, não tem lojas, não tem pubs, nem restaurantes. Tudo tem que ir de carro. Nem meu celular pega direito, tenho que sair do prédio para conseguir sinal. Como vocês podem imaginar, ninguém é louco de levar a família para um lugar assim e a maioria das pessoas mora em outro lugar e volta para casa no final de semana. Como resultado, ninguém tem nada para fazer lá e trabalha até mais tarde. Como diria o Silvio Santos: bem bolado!!
O time de CFD é bem pequeno, menos de 10 pessoas trabalhando com esta função sendo que algumas destas trabalham apenas com CAD preparando as geometrias para CFD. Até aqui CFD contribuiu muito pouco para o desenvolvimento e tudo foi feito em túnel. O grupo de aero se divide em front wing, bodywork e rear wing. Eu fui alocado para Rear Wing e trabalho com uma pessoa responsável por CAD e o aerodinamicista chefe desta área. Minha função é inicialmente rodar as análises que eles me pedem e em algumas semanas devo começar a dar sugestões por minha conta.
Esta primeira semana foi animal! Tenho acesso a todos os dados de aero, ensaios em túnel, procedimentos das corridas, programas de ajustes nos treinos livres e feedback dos pilotos. Como é de se esperar para uma equipe nova, tudo está em estágio inicial de desenvolvimento e engatinhando. Porém a estrutura que o Mike Gascoyne queria montar está praticamente montada e agora a expectativa é que os resultados comecem a aparecer a partir de Barcelona, onde a Lotus terá um carro praticamente novo. A equipe já está começando o desenvolvimento do modelo 2011 mas acredito que não parará com o 2010 porque precisa de bons resultados para garantir dinheiro para o ano que vem.
A partir da próxima corrida eu começo a escrever uns posts de análise de detalhes aerodinâmico dos carros.

sábado, 1 de maio de 2010

Funil apertado

Procurei assunto pra tirar a poeira do Blog, como não achei nada, inventei um. Segue a novela:

No final da década de oitenta, começo dos anos 90, o caminho para um garoto saído do kart e que queria chegar na Fórmula 1 era bem claro.

Por exemplo, um garoto brasileiro precisava ganhar o brasileiro e ir bem no mundial de kart, fazendo uma temporada de Fórmula Ford brasileira, sendo campeão ou vice ia para a F-3 sulamericana, sendo campeão ganhava a superlicença para a Fórmula 1.

A partr daí começava a aventura na Europa: F-3 inglesa por uma ou duas temporadas, até ser campeão ou vice, e depois mais uma ou duas temporadas na F-3000 intercontinental, até chegar no mundial de pilotos. Quem não fosse realmente bom ficava pelo caminho.

Agora a coisa não é bem assim. O kart é impraticável, e são vários campeonatos. A F-Ford não existe, a F3 agora está se reerguendo na América do Sul, mas perdeu a superlicença, A F3 inglesa encontra rivais na europeia, alemã e espanhola. E a F3000 não existe mais. Vou me ater somente a essa categoria, que seria o último passo pra chegar na F1. É onde os chefes de equipe precisam olhar para descobrir os bons pilotos do futuro:

GP2 - Essa todo mundo conhece, pelas transmissões da SporTV. Chassi Dallara, motor Renault de 4 litros (um F1 tem 2.4 L), e 600 HP. Corridas duplas, a maioria nos finais de semana de F1. Ainda é a principal categoria de acesso, mas por causa de contrato. O novo campeonato, organizado pela FIA, deve tomar o lugar das support races da Fórmula 1 em breve.

Esta é a FÓRMULA 2. A categoria foi criada pela FIA numa briga Mosley-Ecclestone. Chassi Williams, motor 1.8 turbo dando 450 cavalos. Até agora, o máximo de mídia que atraiu até aqui foi com a morte do filho do John Surtees.

WORLD SERIES BY RENAULT - Essa categoria existe faz tempo, veio crescendo desde 1998 e se tornou internacional pra valer em 2002, ano que Ricardo Zonta, então recém-chutado da BAR, foi campeão. Chassi Dallara e motor V6 Renault (jura?) de 450 HP.

SUPERLEAGUE FORMULA - Esta categoria é bem estranha. A idéia da Premier League é antiga, a de juntar times de futebol com carros de corrida. A Premier falhou. Chassi feito pela Élan Motorsports Tecnhologies, tem um motor V12 de 4.2 litros, produzindo 750 HP.

Fora essas, ainda tem, ou teve, a A1GP. Foi (mais) um delírio de um Sheik árabe, que gastou dinheiro demais pra fazer uma "Copa do Mundo do Automobilismo". Depois enjoou do brinquedo e largou a categoria. E foi assim que os belíssimos e eficientes chassis Ferrari ficaram encostados este ano. Mas há boatos que irão voltar, gerando mais uma categoria de acesso à Fórmula 1.

Então, o calendário dessas categrias fica assim (com asterisco, preliminares da F1):
Isso porque eu deixei somente os finais de semana de corrida. A maioria dos finais de semana tem rodadas duplas. Ou seja, é corrida pra caramba.
O que levou a este confuso cenário? Contenção de custos. O tiro saindo pela culatra mais uma vez. Com a política de redução de custos, os pneus são iguais, motores iguais, chassis iguais, amortecedores, câmbio, etc. Tudo igual. O custo baixa, certo. Mas aí cada um quer fazer a sua categoria, porque não concorda com a política de motor, não gosta do promotor, não sabe trabalhar este pneu, etc. Vaidade, ou interesses comerciais, na maioria das vezes.
Novas categorias são criadas, dividindo os patrocínios. O custo é baixo, mas o bolo da receita é menor ainda. Cada categoria tem 3 ou 4 bons pilotos, então o nível geral é baixo. E a coisa afunda. Alguém lembra da briga Cart x IRL?
E isso acontece no kart, com Parilla, V4, shifter, nos formulinhas, nos formulões, cada um com sua categoria, o caminho agora é uma bagunça só. É necessário contratar gente especializada em gerir a carreira do piloto, escolhendo as equipes e as categorias. E o chefe de equipe de F1 precisa escolher o piloto com a ajuda deste empresário, porque não dá pra saber quem realmente é bom. Ainda mais com a proibição dos testes.
É aí que está o problema. O empresário, esta figura que é o câncer do futebol há vários anos, entrou de vez no automobilismo.
Mas isso é tema pra outro post. Estou coletando informação pra postar alguma coisa específica já há algum tempo. Mas o futuro é sombrio.

16 anos


Eu lembro exatamente de como foi o dia primeiro de maio de 1994. Todos nós sabemos, foi um daqueles dias marcantes como o onze de setembro. Sem querer comparar as duas datas, mas foram coisas importantes.


Hoje, pela primeira vez em 16 anos, eu fui lembrado, não lembrei, do acidente na Tamburello. Fui inclusive para o autódromo hoje de manhã, vi uma camisa linda da Lotus amarela, com patrocínio Camel, número 12 (carro de 1987), e mesmo assim não me toquei. Foi preciso o Téo José me lembrar durante a transmissão da corrida da indy para que aquele dia voltasse à memória.


Sinal dos tempos. Sinal de que tudo nessa vida passa. Este post foi só pra não deixar a data em branco.


E a vida segue!