segunda-feira, 10 de maio de 2010

Autosport e F1 Racing

Se tem uma coisa que o CT não pode reclamar em Londres é a quantidade de material e informação disponível para os amantes da F-1. Já falamos algumas vezes da transmissão das corridas na TV, que começam 40 minutos antes e terminam bem depois da coletiva dos pilotos, contando com repórteres e comentaristas como Martin Brundle, Eddie Jordan e David Coulthard.

A parte de revistas não fica atrás. No aeroporto de Londres comprei uma Autosport e uma F1 Racing pra ajudar na viagem. O conteúdo das revistas é impressionante. Existe um balanço entre matérias técnicas, análises esportivas e fotos animais. Várias matérias especiais, dados interessantes que ajudam a entender várias coisas, mas também rolam, de vez em quando, alguns jornalistas meio parciais (revista inglesa, Button, Hamilton, Mclaren... já viu né...). Pretendo escrever alguns posts sobre as reportagens mais interessantes.

Por ora, uma rápida mas interessante. A F1 Racing fez um levantamento da média de carros que terminaram as corridas em cada campeonato, de 1990 até 2009. O resultado é incrível e demonstra como a confiabilidade aumentou nos últimos anos. Em 1990 a média de carros que completava as corridas era de 50%. Considerando que nessa época largavam uns 24, 26 carros, apenas 12 ou 13 carros terminavam a corrida. Por isso que não era difícil aparecer um Yannick Dalmas de Larrousse marcando 1 ponto pelo sexto lugar em alguma corrida tumultuada. Ou mesmo o famoso sexto lugar de Roberto Moreno, de AGS, na Austrália em 1986.

Essa taxa fica variando entre 50% e 60% até o ano de 2002. Dai para a frente, a confiabilidade dos carros começa a subir ano a ano, atingindo em 2009 uma taxa próxima de 85%. Ou seja, com um grid de 20 carros, geralmente 17 chegavam ao final, praticamente inviabilizando as chances das equipes médias de atingirem os pontos. E isso inclui quebra mecânica e acidentes...

Talvez isso seja um dos motivos que levou ao aumento do número de pilotos que marcam pontos por corrida... "Bem Bolado" como diria Silvio Santos e o próprio CT...

Essa incrível confiabilidade mostra porque hoje em dia vale muito marcar pontos em todas as corridas. No passado era quase certo que cada piloto ia ter umas duas ou três quebras ao longo do ano, então ficar sem pontuar em uma corrida não era tão traumático. Hoje em dia isso mudou. Passar uma prova sem marcar pontos significa queimar uma gordura que dificilmente o piloto recupera, que o diga Massa em 2008 e 2009.

Um comentário:

  1. Muito legal a análise. Não sei se citaram na revista, mas eu tinha na minha cabeça que grande parte desse número alto de carros chegando era devido à moda de áreas de escape asfaltadas. Que curiosamente também começaram a aparecer em 2002, 2003...

    Aquela cena do Mansell atolado na brita da Curva 1 de Suzuka/91, são cada vez mais raras. São mais seguras, mas deixaram as pistas mais favoráveis a erros dos pilotos, nivelando por baixo a coisa.

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