Esse ano assisti ao meu vigésimo GP Brasil ao vivo, ou seja, desde que Interlagos voltou a ser a casa da F-1 no Brasil em 1990, sempre estive lá. Meu primeiro encontro com os carros foi no Setor K, em frente à curva do Sol, com a companhia da Tia Janete durante o warm up. Naquele domingo Satoru Nakajima arrancou a asa dianteira de Ayrton Senna e Alain Prost venceu. Senna já morreu, Prost aposentou, montou uma equipe e faliu. O filho de Nakajima cresceu, virou piloto e hoje quase decolou na nossa frente.
A idéia desse post não é ser saudosista ou mesmo comentar com o Gonzo que "nesses 20 anos de estrada já vimos muita coisa... rsrsrs". Na verdade é fazer um balanço de como as corridas em Interlagos são animais. Tirando algumas vitórias monótonas de Schumacher lá nos finais dos anos 90 e começo no novo século, a maioria é sempre recheada de emoção e confusão.
Já estamos tão acostumados ao cenário da reta oposta que às vezes nem lembramos do quanto somos felizardos em ter quase 80% de visibilidade do circuito. Acho que é o único no mundo que oferece isso. Com certeza CT, Thais e Gonzo sabem do que eu falo. Nós literalmente assisitmos a corrida e não vemos apenas o carro passando a 300Km/h na nossa frente.
Há cinco anos mudaram o GP Brasil para o final da temporada. Há cinco anos temos o prazer de vivenciar a conquista do título mundial. E de ver corridas que contrariam os chatos de plantão que afirmam que F-1 não tem ultrapassagem. E não é porque os mais rápidos largaram atrás como disse a aquela besta da rádio Bandeirantes, uma tal de Alessandra sei-lá-o-que. É porque a pista é incrível e oferece condições de brigas.
Na arquibancada mais um ponto forte. Vamos esquecer os banheiros químicos, o hamburguer verde, a cerveja Schin e o lanche de avestruz. Estou falando daqueles que estão ao meu lado, aguentando meus xiliques e vivendo comigo cada um desses momentos. Pode parecer piegas, mas quando Button passou à nossa frente, comemorando seu título, eu vejo mais um capítulo da história sendo escrita, e nós fizemos parte dessa história.
Eu adoro esse final de semana, faça chuva ou faça sol, não apenas pela corrida mas por passar um tempão ao lado da minha família e dos melhores amigos que alguém poderia ter. E lógico, pelo piquinique regado às cenouras de Carmo de Minas.
Tô saindo de cena nos próximos dias. Daqui umas duas semanas eu volto, quem sabe até lá dá tempo de colocar umas fotos.
Gonzo, achei na minha mala um livrinho com informações incríveis... tem os capacetes, um tabelão de pontos dos pilotos... mas não achei o significado das bandeiras... revistinha mixuruca essa viu...
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Rafa... Vc e o Gonzo deviam publicar um livro de contos destes 20 anos de GP Brasil. No mínimo lançar um livro com fotos destes 20 anos. Igual o maluco que tira fotos a muitos anos do mesmo lugar em Mônaco. E falando em fotos ponha algumas deste ano.
ResponderExcluirAbraços!!