sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Em terra brasilis

Essa vai só de fofoca mesmo. Um parente meu, lá da terrinha me contou um monte de coisas do cenário automobilístico, aqui vai algumas delas:
- A crise pegou pesado lá fora. Ingleses que não faziam questão de saber que havia automobilismo fora da ilha tiveram que se coçar e atravessar o atlântico pra procurar oportunidades na América do Norte. 2010 ainda vai ser um ano difícil nas pistas do mundo. O Brasil passou limpo, porque a crise não pegou mesmo aqui, e quem toca as corridas é gente tão rica que não ia ser a marola que ia acabar.

- Mas o cenário do automobilismo até 2016 é tenebroso. NINGUÉM vai conseguir disputar espaço na mídia e patrocinadores com a Copa e depois as Olimpíadas. Vai ser difícil (Por isso este ano vou torcer desesperadamente por um título do Felipe).

- Falando em Massa, o Trofeo Linea tem diversos problemas técnicos e financeiros. Eu acho que não sai antes de julho. Os formulinhas vêm prontos de fora, então não deve ter muito problema.

- Muitas categorias foram extintas, mas um monte continua aparecendo. No fim, no Brasil, só mudam as moscas, mesmo....




- A mais assustadora das fofocas é a seguinte: A Vicar PAGA para a Globo cerca de 17 MILHÕES de reais para ter o direito de transmitir as poucas provas da Stock. Ou melhor, a Vicar tem que COMPRAR o horário na Globo. A coisa é assim: os patrocinadores que passam durante a transmissão são contratos da Vicar, não da Globo. E esses patrocinadores são enfáticos: "Sem Globo, pulamos fora." E a emissora sabe disso. Então cobra esse valor absurdo.

Por mim, tudo bem, cada um compra o que quiser. Mas o que me assusta é que aqui há uma inversão de valores seríssima. Quem tem o produto é a Vicar, assim como a Fifa tem a Copa do Mundo e o COI os Jogos Olímpicos. Pagar pra passar seu produto é demais. E as outras emissoras estão entrando no barco. Alguém conseguiu acompanhar direito a temporada da IRL? E a GT3? Houve transmissão da F3?


Sem exposição, sem patrocinadores. Sem patrocinadores, o espetáculo é menor. Espetáculo menor, menor interesse, e sem interesse, sem exposição. A roda gira cada vez mais ladeira abaixo, e essa pode ter sido a pá de cal do automobilismo brasileiro. Obrigado, Reginaldo....

P.S.: O Reginaldo não é o Leme, é outro. É o cara que entrou no tempo da Copa Shell, F-Ford, Chevrolet, Stock, Fórmula 3, autódromos lotados e não eram de farmacêuticas. E largou do jeito que está. Obrigado, Reginaldo.

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