domingo, 6 de fevereiro de 2011

Rumo à canonização de João Paulo II

Dias atrás o falecido Papa João Paulo II foi oficialmente indicado pelo Vaticano para que seja beatificado, pois a igreja católica, digamos, "homologou" um milagre atribuído ao pontífice polonês. Caso mais um milagre seja atribuído a ele, será enfim canonizado, tornando-se oficialmente, um santo.

Em 2007, Robert Kubica, primeiro polonês a chegar na F-1 deu uma pancada feia no GP do Canada e minutos depois do acidente era difícil imaginar que ele estivesse vivo. Mais difícil ainda era imaginar que ele voltaria a pilotar. Mas passado o susto, dias depois já se sabia que ele estava bem, restava apenas saber se ele voltaria pilotando em alto nível. Assim o fez e desde então continuava sendo um dos potenciais campeões do mundo. Na época de sua recuperação, Kubica revelou ser um devoto fervoroso do papa conterrâneo que havia morrido um ano antes e houve uma grande tentativa de considerar como um milagre o fato de Kubica ter sobrevivido. Milagre atribuido por João Paulo II.

O milagre do Canada foi finalmente atribuido a todos os engenheiros que desenvolveram carros, capacetes e circuitos incrivelmente seguros, médicos que prestaram os melhores cuidados ao acidentado e a própria saúde do piloto-atleta.

Hoje Kubica abriu um novo processo para que seja atribuído o segundo milagre a João Paulo II. O piloto da Renault se arrebentou correndo de rali e durante o dia falou-se muito sobre risco de morte ou uma possível amputação da mão. Felizmente, parece que nem um, nem outro. Kubica vai ficar de molho vários meses e só o tempo vai confirmar seu futuro. Hoje é tudo especulação, assim como foi com Massa quando se arrebentou na Hungria.

Mas se a gente não especular algumas coisas, não tem notícia. Comecei então a avaliar o quanto a perda de sensibilidade de uma mão poderia atrapalhar ou mesmo acabar com a carreira de um piloto. Anos atrás, diria que o caso de Kubica era definitivo. Câmbio manual e direção pesada por não ser hidráulica tornaria a vida do cara um pesadelo e provavelmente insuportável. Mas no cenário atual talvez não seja tão crítico. Por exemplo, por conta do F-Duct, Massa e Alonso andavam boa parte das voltas com apenas uma mão no volante. Lembro das imagens onboard em Barcelona que os dois contornavam várias curvas com apenas uma mão no volante. Se Kubica recuperar as funções motoras da mão de forma adequada, creio que seu retorno em alto nível seja questão de tempo.

Difícil ficou também para a Lotus-Renault. Primeiro porque o mundo inteiro vai cair na cabeça deles por aceitar que o principal piloto participe de um rali (será que ninguém viu a temporada passada do Raikkonen??). Mas agora é chutar cachorro morto, o cara podia ter caído da bicicleta ou tropeçado treinando para uma maratona. Segundo porque perdeu seu grande astro, o cara que consegue tirar leite de pedra de um carro meia boca. Em 2011 seria do mesmo jeito, duvido que qualquer coisa no carro tenha sido desenvolvida a pedido de Petrov. Tudo bem vai... o banco pelo menos deve ter sido moldado pro russo.

E agora surgem nomes para substituir Kubica. Da última vez, surgiu um tal de Vettel. As opções no momento não são empolgantes. Eu chamava Heidfeld. Senna parece um dos primeiros da lista. Já pensou: Senna e Petrov?? Que dupla!! Se isso funcionar, dai sim João Paulo II vira santo, mártir, Deus, qualquer coisa.

2 comentários:

  1. Imagina o banho de água fria na equipe...

    Cara, eu vou ter de discordar de vc. Com aquele tanto de botãozinho no volante o cara tem de ter a agilidade nos dedos de um jogador de videogame...

    Enfim, como no caso do Massa, só com a recuperação do polaco é que vamos ver se ele volta. De qualquer forma fica a duvida para, pelo menos, o começo da temporada. Entre chamar o Heidfield ou outro como o Wurs(Wurz? Vursz??)ou o Delarosa (puta, como escreve o nome desses bostas??)que não vai ganhar nada mesmo e tentar levantar uma grana com o nome Senna em uma "Lotus Preta" eu ficaria com a parte comercial mesmo. Afinal quem poderia substituir o Kubica???

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  2. A Renault nao podia fazer nada, é uma exigência contratual do Robert Caberça Dura Kubica o de poder participar de corridas de Rally!

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