Hoje não teve corrida de carros, mas teve de pedestre. Não é bem a razão da existência desse blog, mas como vários editores participam de provas de rua, acho que não estamos cometendo nenhum pecado, afinal tem disputa, ultrapassagem e jogo de equipe. Com vocês, as aventuras de uma São Silvestre... do lado de fora.
Desde que corri a prova pela última vez (foi com o Zig na época da faculdade ou logo depois que a gente se formou, não lembro mais...) prometi a mim mesmo que nunca mais correria uma prova de 15Km sem treinar para uma prova de 15Km. Desde então não tenho conseguido treinar tanto assim, então nos últimos anos tenho ido na Paulista apenas para assistir a largada e chegada.
Cheguei uns 40 minutos antes da largada. Tinha mais PM que gente na avenida. Fiquei na esquina da Augusta (hum...), em frente ao escritório da SAE. A foto abaixo é deste momento. Engraçado ver como os PMs sofrem que nem a gente no Baja com a galera dando perdido. Os caras pediam pro público sair do meio fio e dez metros depois todo mundo já estava de volta. Ser PM não deve ser fácil mesmo. Um abraço ao Soldado Valentim, o figura no canto esquerdo da foto, gente boa ele.
Pouco depois veio a largada do feminino. Grupo pequeno que em 30 segundos se foi. Mais uns minutos e eis que então soltaram a boiada...
Rapaz, são mais de 20.000 pessoas passando em três faixas da Paulista. Depois de exatos 21 minutos, comecei a caminhar em direção à linha de chegada, lá na Fundação Casper Líbero e não tinha parado de passar gente!! Tinha literalmente de tudo, TUDO: o índio, o rei, a noiva, o Ronaldinho, o gaúcho viado, o bumba-meu-boi, o cara da Tecumseh de São Carlos, gente de Ibaté, Araraquara, a famosa placa de Cerquilho, o Buzz Light Year e Woody (esses eram novos), o Shrek, o Ayrton Senna, o babaca correndo de costas atrapalhando todo mundo, o cangaceiro, uns caras que não dava pra identificar a fantasia, as diabinhas, o perna de pau, vários palhaços, o Lula e a Dilma, um cara com uma casinha na cabeça, outro levando o Corcovado, mais diabinhas, um batalhão do Circulo Militar correndo em formação e cantando músicas do quartel, a banana de pijama, o Chapolin, o Chaves e a Chiquinha, a menina de rosa com um urso de pelúcia, o Curintiano, o Palmeirense, o Sao Paulino, etc, etc, etc... até que passou o cidadão abaixo...
Caramba!! É CAASO!! Não tive dúvidas... a hora que ele passou mandei um sonoro "Federal..."... e o babaca ficou olhando com uma cara como se eu fosse de outro mundo. Foi embora. Leo, descobre quem é essa besta que não responde ao chamado!! XUPA bicho dos inferno!! A galera do meu lado ficou olhando, sem entender. Achei melhor mudar de lugar.
Depois que boa parte da boiada passou, caminhei para a linha de chegada mas aquilo já estava lotado de gente esperando o show da virada. Vi o pódio de longe, entendi através do lamentável sistema de som que o Marilson ganhou. Só isso. Como todos os eventos no Brasil, o pior lugar para se assistir um evento é no lugar do evento. Nada nesse país é feito para o público, o público só se lasca.
Mas beleza, é final de ano, o que importa é que a Paulista estava bombando de gente bonita, misturada com atletas chegando suados depois de 15Km. Um calor contagiante! A noite promete com muito axé, funk e sertanejo. A cerveja do momento é a Itaipava. Ah, não vi nenhum banheiro público!!! Contagem regressiva galera!! Essa é a São Silvestre, esse é o Show da Virada!! A Paulista é o que pega!!
A todos os Zés e Marias Ruelas, um Feliz 2011!!! Muita saúde, paz, alegria e que esse ano possa ser muito, muito melhor que 2010!
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E não encontrou o Bigode nem o Ganso? Nem o panaca com a camiseta da McLaren?
ResponderExcluirCorrida a pé é igual a corrida de bicicleta: só é legal pra quem tá dentro dela. E realmente o público sofre no Brasil. E eu passei hoje, segunda-feira, pelo parque Trianon. Pelo visto, não tinha banheiro público suficiente de novo. O cheiro tava terrível!
Léo, por favor, inclua nos seus cursos algumas coisas básicas de cidadania caasiana: Hino do Caaso, do Gap, da Federal... Explique a história, pelo menos por uma aula. Salve os amarelinhos da extinção!