domingo, 8 de julho de 2012

O piriri, a falta de testes e o caminhão


Fiquei semanas sem escrever no blog e no final de semana do GP de Valência além da corrida incrível de Alonso, uma notícia quase sem importância me chamou a atenção. Timo Glock estava com indisposição estomacal (nome bonito para piriri) e não participou da corrida. O piloto reserva da Marussia era Maria de Villota, espanhola, 32 anos. É o tipo de situação que todo reserva espera, uma chance de mostrar serviço.

Mas Maria de Villota não foi autorizada a participar da corrida, pelo simples fato de que ela nunca tinha andado com o carro da Marussia. Ela já havia andado de F-1 pela equipe Lotus, mas nunca pela equipe da qual era piloto de testes oficial. A Marussia não alinhou o carro de Glock no grid do GP de Valência.

Isso mostra como a falta de testes causa um problemão para quem está chegando na categoria. O cidadão é contratado como piloto de testes mas não pode testar. É contratado como piloto reserva mas não pode entrar na corrida porque não conhece o equipamento. Situação difícil, a FIA deveria repensar essa questão, caso contrário sempre teremos jovens com pouquíssimo tempo de pista participando de corridas e deixando todos os outros com a pulga atrás da orelha.

 O texto acima nada tem a ver com o fato de Maria ter sofrido um acidente terrível nesta semana, durante os testes aerodinâmicos da equipe. O acidente entra na categoria dos mais bizarros que já vi porque ela bateu num caminhão parado ao lado da tenda da equipe. O estado dela é grave mas pelas notícias deve se recuperar tendo a perda do olho direito como principal sequela. A carreira na F-1 terminou, no automobilismo não sei, depois dos milagres de Massa, Nanini, Zanardi, etc, não arrisco nada. Boa sorte para ela.

E que as regras mudem. As limitações para testes em pista parecem exageradas. E meu ponto é segurança, não performance.

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