segunda-feira, 28 de maio de 2012

The hottest race in history...

Quando anunciaram o "recorde" da Indy500 de ontem, eu até pensei "é, a mais quente da história no termômetro (chegou a 99 farenheit na sombra, 120 no asfalto), mas não na pista...", até que chegaram as 30 últimas voltas e a corrida virou um festival de mudanças lá na frente, para mais um recorde, o de mudanças de líder (tem recorde pra tudo por aqui...). O calor realmente foi de amargar, ainda bem que o ingresso era na coberta...

Apesar de algumas cabeças no caminho a visão em geral era boa

Começando pelo começo, chegando no speedway no domingo parecia que estava em Interlagos, todo mundo fazendo uma grana com a garagem... A diferença foi chegar na arquibancada 40 minutos antes da largada e encontrar meu lugar vazio e ninguém gritando "sobe, sobe... desce, desce...". Eu estava no setor C, logo na entrada dos pits, lugar legal para as relargadas.
Como já esperava, muitas homenagens (muito legais) a Dan Wheldon. Do ingresso as faixas na entrada, várias lembranças a ele pela vitória an passado e pelo ocorrido em Las Vegas. Foi legal ver a primeira volta dada com o carro do ano passado, e nas lojinhas dentro do circuito, muitas miniaturas e camisetas dele para vender, e muita gente comprando. Perguntei se tinha alguma do Barricas, mas nada (resposta da vendedora: "who? oh no, sorry..."), que pena.

Já na corrida, esse não foi o ano em que Jean Alesi despontou... Largou em último, andou em último e foi o primeiro a abandonar. Achei até que ele fosse tomar uma volta do líder depois de dez voltas de corrida, mas antes que isso acontecesse, ele encostou o carro nos pits e caiu fora. Em defesa dele, o motor Lotus parece que é uma draga, não é por acaso que o Bourdais deu um jeito de descolar um Chevrolet três dias antes da classificação.

Ponto alto da corrida do Alesi quando estava em penúltimo
O Rubinho mandou bem, mas ainda tem bastante a aprender em oval até poder andar na frente (mas liderou uma volta, e até valeu comentários do locutor da pista). Principalmente relargadas, foi só na penúltima que ele realmente se aproveitou das chances na relargada, e ele mesmo reconheceu isso depois. De qualquer forma, levou para casa o Chase Rookie award, parabéns.

O Will Power na hora da batida deve ter pensado "ah não de novo não, lá vou eu despencar no campeonato quando começa corrida em oval". E deve ter pensado isso de novo quando viu o Franchitti ganhando a corrida.

Lá na frente, muitas ultrapassagens, e como sempre muita gente vindo de trás para tentar tirar uma casquinha: Wilson, Hunter-Ray (é assim mesmo?), Carpenter, Sato, Kanaan. Até mesmo o Franchitti, que chegou a andar em último, depois da rodada no primeiro pitstop.

As últimas 30 voltas foram um espetáculo, principalmente as últimas duas relargadas. Primeiro o Kanaan pulando de quarto para primeiro, a arquibancada foi ao delírio, foi com certeza a ultrapassagem mais festejada (parece que já estão de saco cheio de ver o Franchitti ganhar o campeonato) da corrida, até parecia que estava no Brasil.

Penúltima relargada (Grandepremio)
Já na última volta, acho que a tia que estava do meu lado não entendeu nada quando eu estava vibrando com a chance do Takuma Sato, e depois fiquei  puto xingando (em português, para evitar reclamação) quando ele bateu. Ah Takuma, ainda botou a culpa no Franchitti, mas vendo o replay acho que foi ele que se arriscou mesmo, mas o japa mandou bem, bem demais.

A grande reclamação que tinha lido nessas semanas ficou clara na corrida, o carro novo é bem mais sensível no tráfego em velocidades tão altas, e a não ser nas relargadas, não se via muitos carros embolados por muito tempo. No sábado deu para dar uma olhada nos carros passeando pelas garagens. Comparando com o chassi anterior, são maiores e mais altos, mas com entre-eixos e bitola menores (CT, em termos de estabilidade em linha reta em altas velocidades isso cobra um preço, mas e a influência aerodinâmica na estabilidade? a asa dianteira parece significativamente mais a frente do eixo dianteiro esse ano).




haja bico...
Ano passado eu fui na etapa de Mid-Ohio, uma pista que tem um puta traçado legal, mas com infra-estrutura que parece um sítio. Como espectador, Indianápolis oferece muito mais infra-estrutura sem dúvida, mas em Mid-Ohio a experiência é mais legal por ter mais acesso a tudo, principalmente no sábado, mas aí também a Indy500 tem um calendário diferente de tudo, e a véspera da corrida realmente é bem parada, com pouca gente no autódromo e pouca coisa para ver, mas ainda assim é legal.

Xupa Rafa!!!

2 comentários:

  1. Boa Munck! Também torci pelo Sato no final e não havia outra opção. Na hora que ele e o Franchitti mergulharam juntos na curva 1 sabiam que era tudo ou nada. Ali ninguém ia tirar o pé. E se tirasse não merecia estar lá.

    Por aqui, Luciano no Vale foi ao êxtase na relargada do Kanaan. Segundo ele, não precisava nem ganhar pois ele já era o nome da prova (ah tá...).

    Sobre o carro novo, essa configuração para ovais não é das mais bonitas, mas ajudou um bocado no vácuo. Era muito difícil o líder desgarrar porque acabava puxando o carro de trás. Isso acabou refletindo no recorde de mudanças de liderança.

    Valeu Mucka! Xupa Rafa mesmo!

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  2. Muito legal o post, mesmo! Eu não vi a corrida, fiquei só sabendo do resultado, não vi a última volta nem a batida do Sato. A única vantagem foi não ter que aguentar o Luciano do Valle! E a gente ainda reclama do Galvão...

    Valeu Mucka! Xupa Rafa mesmo!

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