quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Adios Nelsinho

Merece pelo menos um comentário a triste saída de Nelsinho da F-1. Sai com a imagem arranhada, porque não mostrou nada na pista e no final arranjou briga com o chefe. A minha impressão é que apelou, e isso é praticamente fechar as portas para o resto da carreira.

Nelsinho foi um dos piores pilotos que já vi passar pela F-1. Dentre a longa lista de brasileiros que não tiveram sucesso como Ricardo Rosset, Tarso Marques, PP Diniz, foi das maiores decepções, mais até do que o Pizzonia. Piquet foi do nível de Johhny Dunfries, Scott Speed, Yannick Dalmas, Tora Takagi, essas coisas pitorescas que um dia sentaram em um F-1.

O boato do Piquet-pai comprar o espólio da BMW talvez seja a única salvação de Nelsinho. Mas convenhamos, o que parece? Piquet Jr competiu em todas as categorias com apoio do pai, que montava uma equipe onde o filho fosse. Vai fazer isso na F-1? Acho difícil, Nelsão é tri-campeão do mundo, sabe tudo sobre corridas... e sabe que o filho não é nenhum gênio, em dia inspirado chegaria na média do grid. Se optarem por isso, acho que o clã Piquet vai se queimar mais ainda.

E Barrichello quem diria, será o único brasileiro no GP de Valência... Piquet-pai teve que engolir muito seco tudo aquilo que sempre falou do cara...

3 comentários:

  1. Realmente, a passagem do Nelson Angelo foi um fiasco. E também acho que a F1 acabou pra ele. A Piquet F1 é muito difícil de sair, é um absurdo de caro manter uma equipe de F1, e Nelsão sabe disso.

    Enfim, foi mais um que chegou arra$tado ao topo, e não sobreviveu. É um bom piloto, mas não tem a pegada pra tiros curtos e carros difíceis como os F1. Talvez, talvez com carros de endurance...

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  2. Li hoje o Blog do Capelli e achei esse parágrafo muito bom:
    "O comunicado aberto de Nelsinho, embora louvável, acaba por cair naquela batida linha do marketing corporativo e de assessoria de imprensa. Passa, mais uma vez, a impressão de “brasileirinho contra o mundo todo”, para regozijo daqueles com síndrome de vira-lata. Erra quando o expõe abertamente como vítima quando o comportamento que se espera de um grande esportista ou campeão é justamente o contrário. E erra na tentativa vã de superlativizar um feito médio, como a argumentação de que em 2008 “conquistou 19 pontos e fez a melhor temporada de estreia de um brasileiro na F1″, uma velha tática de mentir usando a verdade. De fato, ninguém nunca tinha feito 19 pontos no ano de estreia. Mas as regras de pontuação eram outras. Emerson Fittipaldi ganhou no ano de estreia. Ayrton Senna barbarizou em Mônaco e fez três pódios. Não dá para comparar."

    O cara deve ter talento, senão não chegaria tão longe! O fato é que é muito filhinho de papai, que teve equipe própria na carreira toda e finalmente encontrou uma situação diferente. Na F1 além de pilotar ele teve que lidar com pressão, pessoas não escolhidas por seu pai e com o fato de não ser o protagonista... Deu o que deu, espanou e ainda saiu gritando com um típico Piquet faz.

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  3. Não me lembro de outro piloto na F-1 que fosse tão apático. Não vai deixar saudade... e só não entra para as estatísticas do F-1 Rejects (nem sei se o site ainda está no ar) porque um pódio caiu no colo dele ano passado.
    Já a história da compra da BMW em sociedade com o Peter Sauber parece balão, mas pelo menos produziu mais um comentário típico do Nelson-pai: "Não estou cagando dinheiro!" quando uma rádio perguntou para ele se era séria a história da compra.

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