Jarbinha estava largando o serviço, já cansado, tinha refeito o bico do FD para a corrida da Alemanha, dali a 2 semanas. Emerson estava no Rio, numa reunião pedindo patrocínio, Wilson ajeitando as coisas na Inglaterra. Divila no túnel de vento do ITA, e Jô já tinha ido pra casa. Já era noite, mas antes de sair, Jarbinha percebeu que o Jorge estava saindo sorrateiramente da oficina, com algumas peças na mão. Estranhou o comportamento do colega. Foi atrás.
- Jorge, o que você tá fazendo?
- Relaxa, vou pintar umas peças.
- Mas porque não usa a cabine de pintura?
- Porque a carenagem tá secando, não dá pra usar.
- Então vai pintar onde?
- Aqui, ó. [e apontou para a parede ao lado da oficina]
Em seguida, Jorge encostou as peças na parede, puxou a linha pneumática, e mandou ver na pintura.
- Ô Jorge, assim vai pintar a parede também! Protege a parede!
- Precisa não. Isso aqui é tinta automotiva, sai em duas semanas...
Assim ficou a parede da oficina, naquela tarde fria de maio de 74:
E esta aqui é uma foto do prédio, 2 anos depois:
Nem precisa dizer que o Wilson ficou MUITO bravo com a peripécia. Mas é o tipo de coisa que acontece nas melhores famílias...(Direitos Autorais das fotos pelo Revs Institute for Automotive Research)
Bem vindo de volta Gonzo! ótimas histórias - que venham mais
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