quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
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As primeiras vezes foram em 1995 e 1996 correndo com o Marcelo Bomfim, aquele cabeludo que aparece numa das fotos do Setor A no post anterior, representando a equipe O`Bryan. O nome da equipe era uma piada dos amigos da época de colegial no Mackenzie, não faz muito sentido nos dias atuais. Em 2001 corri com o Zig, ou melhor, a gente largou junto porque depois ele sumiu. Acho que a gente nem colocou nome de equipe... talvez EESC-USP.
Tenho boas lembranças das duas primeiras provas. A última delas foi péssima. Não foi uma corrida divertida, estava mal preparado e fui na empolgação. Só não desisti da prova porque tinha que chegar na Paulista de qualquer jeito para encontrar com o Zig. Prometi que nunca mais entraria numa dessa sem me preparar direito.
Dez anos depois, chegou a hora de voltar. E com um desafio maior: fazer abaixo de 1h41min 44seg para ganhar um almoço ou jantar pago pelo CT!! Fizemos essa aposta quando ele foi correr a meia maratona em Norwich umas semanas atrás, quem fizesse o menor tempo, ganhava. Eu tô me sentindo como Santos na final do mundial contra o Barcelona. Antes de começar até acho que tenho chances, mas na prática (e pelos últimos treinamentos), é melhor começar a guardar dinheiro. Fazer os 15Km em 1h 40min é fazer o Km na média de 6min 30seg. Considerando as mudanças de altimetria da prova, resta me divertir e desencanar da aposta!! Ah... todas as vezes que corri fiz acima desse tempo... então as previsões não são boas...
O nome da equipe essa vez?? Sem dúvida: Equipe Zé Ruela!!!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Setor G... we will (not) miss you - Parte 3
E não é que Tony Stewart ganhou??
Foi uma das maiores viradas que já vi no automobilismo. E nesse caso não acho que os playoffs influenciaram de forma decisiva. Lógico que Stewart foi beneficiado quando os pontos são normalizados para começar as finais. Mas não consigo ver nenhuma injustiça no título de um cara que venceu 5 das últimas 10 corridas. Abaixo um resumo da prova final, para delírio do Bola!
domingo, 25 de dezembro de 2011
Fim dos Conceitos
Para tristeza de muitos seguidores deste blog, comunico então que a coluna dos Conceitos terá seu ano sabático em 2012. Em 2013, quando este blog for um dos 5 mais lidos no país, a gente avalia se a volta da coluna é apropriada ou não.
Conceitos Abu Dahbi e Interlagos 2011
Primeiro Abu Dahbi, o circuito mais chato que a F-1 passou. É lindo, é glamuroso, é moderno, mas no asfalto não é capaz de mostrar nada que chame a atenção. O problema no pneu de Vettel tirou uma vitória certa. Ele faria o que Hamilton fez. Alonso seguiu a cartilha e garantiu outro bom resultado. Massa e Webber seguiram sua sina de maus resultados sendo que o brasileiro novamente entregou o ouro rodando no final da prova. Dava pra ter beliscado um quarto lugar. E chega, já falamos demais dessa corrida. Vamos ao Brasil...
Sabe o que mais me deixa revoltado? Não é a palhaçada que a Red Bull armou para entregar a vitória à Mark Webber mas a chatice dos brasileiros. Quando Felipe ouviu o "Fernando is faster than you" o mundo parecia que ia acabar. Que absurdo, que sacanagem, acabou o esporte, não vou mais assistir. Bom, o que a Red Bull fez foi igual, resultado armado do mesmo jeito. E por sinal de forma ridícula porque o papo de que Vettel estava perdendo as marchas e depois tudo voltou ao normal... ah... pára com isso. Fomos todos chamados de idiotas. Não pelo jogo de equipe porque isso faz parte, mas pela mentirinha babaca. E o Vettel ainda entra na história dizendo no rádio que estava se sentindo como Senna em 1991... Desnecessário, pagou um mico. Onde estão os brasileiros que tanto xingaram a Ferrari, Felipe, Alonso, o papa? Porque não estamos lutando pelo coitadinho do Vettel que teve que abrir mão da vitória? Nesse ponto, o torcedor brasileiro é o mais chato do mundo.
Tirando isso, a corrida valeu pelas brigas de Alonso/Button e Massa/Hamilton. O espanhol fez uma ultrapassagem incrível sobre Button no Laranjinha, mas no final o inglês se deu melhor. Louros ao vice campeão, um cara que renasceu de um quase fim de carreira e tornou-se um dos pilotos mais admirados de sua época. Massa e Hamilton brigaram mas não saiu muita coisa dali. O brasileiro segurou bem o inglês mas no fim teve outra corrida fraca. Foi uma pena quebrar o câmbio de Hamilton, senão ele e Massa iam ter outra briga boa.
O que não podemos deixar de comentar é que são cada vez maiores as chances deste ter sido o último GP de Rubens Barrichello. Sobraram poucas vagas, sobraram poucos motivos para ele continuar. Bruno Senna é outro que está por um fio. São tantos interesses além do que nossos olhos enxergam que qualquer coisa pode acontecer. Para o Brasil seria muito bom termos Bruno Senna e Barrichello junto a Felipe Massa. Para a F-1, acho que nenhum dos dois acrescentaria muita coisa. O tempo de Barrichello já foi e o tempo de Bruno Senna talvez nunca chegue. Vamos ver o que acontece. Parece que o boato de Senna na Williams vai ganhando força a cada dia.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Feliz Natal Zé Ruelas!!
Zé Ruelas de plantão!! Onde quer que estejam, Estados Unidos, Inglaterra, Bahia, São José dos Campos, São Paulo, São Carlos, Campinas, Sorocaba e por ai vai... Um Feliz Natal cheio de alegria e felicidade para todos que ajudam a manter esse blog vivo, seja escrevendo os post, comentando ou simplesmente visitando a página!!
Happy Holidays!
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
F-1 2011 Review
O vídeo tem vários momentos marcantes da temporada, mas dois são os meus preferidos: Button caçando a vitória nas últimas voltas do GP do Canada contra Vettel (e ganhou!) e Webber e Alonso subindo a Eau Rouge quase lado a lado...
Setor G... we will (not) miss you - Parte 2
Achei várias fotos bem antigas mas como precisa escanear vai demorar um pouco mais para publicar aqui. Mas acho que até o final do ano consigo postar. Aliás, se alguém tiver mais fotos da galera no Setor G, vamos publicar!
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
A Salute To Those Who Race
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Fórmula 1 no Beto Carrero World
Um de seus comentários dessa semana é sobre a corrida no Brasil e a pressão sobre o autódromo de Interlagos, que como todos os Zé Ruelas comenta todo ano aqui, não faz nada para melhorar há anos. Joe cita o novo pólo de automobilismo que está nascendo no Beto Carrero World em Santa Catarina como um possível destino para a Fórmula 1 no Brasil a partir de 2015 quando o contrato com Interlagos acaba.
http://joesaward.wordpress.com/2011/12/13/a-little-pressure-for-interlagos
sábado, 10 de dezembro de 2011
Setor G... we will (not) miss you...
A sensação é de dever cumprido. É hora de agradecer e aceitar que algo de bom passou em nossas vidas, mas acabou. Pode parecer que não, mas vamos sentir saudades de colocar a mãozinha naquelas grades, mesmo que a grade seja cada vez mais no meio da reta oposta. Vimos muita coisa durante todos esses anos: tinha o Ganso, os espanhóis, a banana de pijama, o homem-aranha gay, a bailarina, os gnomos, o presidiário, o Chapolim, o dono do megafone, o sócio, o cangaceiro, o tio de São Carlos vestido de Penélope Charmosa e tantos... tantos outros que um dia cruzaram nossa frente e foram devidamente xingados. Gente que nem sabe porque está ali, mas são a cara deste lugar. São a face irreverente do brasileiro, do povo alegre que sabe se divertir. Um verdadeiro bando de babacas, isso sim!
Neste lugar aprendemos muito. Aprendemos palavras de ordem que foram entoadas (e certamente serão muitas vezes ainda) seguidamente quase se tornando um mantra local:
- Acorda-cedo!!
- Acordou tarde, tomou café, agora vai ficar de pé!!
- A gostosa sobe, o viado desce!!
- Gaúúúcho... viaaado!!
- Umbigo fundo!!
- Ou simplesmente... vai tomar no $#@!! Sem motivo, sem razão, sem nexo... mas extremamente necessário. Sem isso você não vive, nem sobrevive por lá.
Neste lugar a natureza se vira contra você. Um sol de rachar, que parecem dois, três... um sol pra cada infeliz sentado naquela maldita estrutura tubular de madeira podre. Tubos e tubos de protetor solar, boné, óculos de sol, camiseta no pescoço... ali não há lugar para vaidade, é a pura luta contra o torramento.
Neste lugar o vento vem do sul... aquele que infla as bandeiras e te faz sentir frio mesmo com aquele sol escaldante. E chuva. Chuva... chuva... chuva... A chuva é a cara daquilo tudo. Chuva fina, chuva forte, chuva de pedra, pé d'água, tromba d'água, tsunami. Chuva que um dia fez alguém pensar que os dedos nunca mais secariam. Chuva que vem quando não precisa, chuva que engana todos quando é mais esperada. Chuva que trás emoção, que molha até a cueca, que irrita. Chuva do inferno.
Neste lugar luta-se pelas mais simples necessidades humanas. Comer, beber e fazer suas necessidades fisiológicas. Cada ser humano desse mundo, qualquer um, precisa comer, beber água e ir ao banheiro. Qualquer um. Rico ou pobre, branco ou negro. Todos tem o direito de satisfazer essas três necessidades básicas. Todos. Todos menos os infelizes que escolheram esse lugar. Se um dia você achar que sua vida está uma merda, coma um hamburguer verde, tome uma Nova Schin e passe no banheiro químico para um pips... Você vai ver quem tem coisa muito, mas muito pior do que as piores coisas da sua vida.
Neste lugar impera o caos. Polícia militar com o eterno contingente de guardas despreparados. Pode sentar na última fileira, não pode sentar na última fileira, pode sentar na escada, não pode sentar na escada. Tudo igual. Todo ano. Sempre a mesma zona... mas tudo se acomoda porque brasileiro é assim, alegre, irreverente. Um bando de mal educados e folgados.
Este lugar é o Setor G - Lugar único na terra, na terra de ninguém. Um lugar onde as regras são regidas conforme os espaços vão acabando. Feudos são formados, invasores se aproximam e são enxotados de forma selvagem na visão de um ser comum. Mas para o infeliz do Setor G, é pura cordialidade... desce FDP!
Comecei minha saga em Interlagos em 1990, pelo Setor K (algo similar ao F atual). Tinha 14 anos. Fui com meu tio Julio (tio heroi que assistia os GPs no Rio), tia Marcia a esposa dele e minha mãe, a grande Tia Janete!! Lembro de ouvir no rádio que milhares de pessoas não conseguiam entrar no Setor G, o setor mais popular porque muita gente entrou com isopor e tinha muito ingresso falso. Era a volta do GP Brasil à São Paulo, aquilo estava entupido. Mas foi muito melhor do que eu podia imaginar.
Em 1991 fui só com meu Tio Julio e resolvemos comprar um ingresso mais caro e ficar num lugar melhor. O escolhido foi o miquíssimo Setor C, na frente do box número 13. Não dava pra ver nada, só um vulto a 300Km/h. Da corrida lembro pouco, apenas a agonia das últimas voltas. Mas depois da bandeira eu lembro bem. Pendurado num andaime, consegui ver o Senna todo torto levantando o troféu da vitória, o único pódio que vi ao vivo na vida. De F-1 lógico, porque de Baja já vi um monte.
Então em 1992 pisei pela primeira vez no Setor G. Era igualzinho ao que é hoje! Talvez um pouco maior, sem tantos Paddocks para atrapalhar a visão, mas a mesma estrutura, as mesmas arquibancadas, banheiros, local de comida, a escadaria que leva ao portão de entrada, tudo igual. Mas o lugar era incrível para se assistir a corrida. Uma visão quase completa da pista, só não dava pra ver a largada.
De 92 a 96, dá-lhe Setor G. Num desses anos tem uma passagem bem interessante. Na época da faculdade, eu e o Gonzo estávamos olhando algumas fotos desse periodo quando de repente aparece o Gonzo numa foto que eu tirei. A gente tinha sentado quase que lado a lado no Setor G, uma coincidência absurda se a gente imaginar que alguns anos depois o desconhecido ali seria meu padrinho de casamento.
Em 97 o Setor G foi bloqueado para um patrocinador e tive a primeira experiência no Setor A. Um lugar bom para assistir a corrida mas péssimo para aguentar os chatos. Porque ao contrário do Setor G que você entra por baixo e sobe as escadas, no setor A você chega por cima. Então quando você senta no melhor lugar fica levando chute nas costas o tempo todo. Em 98 voltei para o G, em 99 novamente o A. Realmente não lembro porque.
Mas de 2000 em diante, só deu Setor G. E quanta gente passou por lá. Amigos que foram e ficaram, outros que foram e nunca mais voltaram. Pessoas que estão nas fotos que não tenho a menor idéia de quem são. No total foram 18 anos de Setor G. Dali vimos corridas épicas, corridas incríveis, corridas empolgantes e corridas bem chatas. Foram anos de empolgação dormindo na fila, conhecendo a grande Dona Eurides, acampando no meio da favela, brigando por um espaço na melhor parte da arquibancada... a famosa curva menos 1 mãozinha na grade. Passávamos o ano inteiro esperando por esses dias e quando chegava a hora cada segundo de sofrimento valia como se fosse o melhor momento das nossas vidas, um troféu pela demonstração de paixão pelas corridas. Mas mesmo com essa paixão toda, ao final da corrida, não havia como se questionar a razão de tudo aquilo. Precisava quase se matar daquele jeito?
E ano após ano os questionamentos aumentavam. O grupo foi mudando, foi diminuindo, as namoradas e esposas começaram a acompanhar. O impeto de chegar cedo foi mudando, a grade da curva menos 1 foi ficando cada vez mais longe. E ainda assim era possível assistir a corrida de forma privilegiada. Chuva após chuva, sol depois de sol, a paixão pela corrida seguiu intacta, mas a paciência com o lugar se esgotou.
Em 2011 chegamos ao capítulo final. O grupo ficou pequeno, cansado da mesmice e da falta de perspectiva de melhoras. Se nada mudou desde 1992, porque mudaria para o ano que vem? Pela primeira vez nesses anos todos, todos os Zé Ruelas que resistiram durante esses anos, finalmente se convenceram que era hora de mudar.
Obrigado Setor G!! Você é insuportável, mas é o melhor lugar para se ver o GP Brasil de F-1!! Você fez parte da nossa história mas daqui pra frente vai ser apenas... história.
Red Bull Home Run
Em comemoração ao segundo título consecutivo e em agradecimento ao apoio da cidade, a Red Bull Racing fechou uma das principais avenidas do centro para fazer demonstrações com Sebastian Vettel e Mark Webber dirigindo os carros de 2011 (pelo menos os de demonstração).
Para quem não conhece, Milton Keynes fica a 49 milhas (79km) ao norte de Londres e foi desenvolvida como uma "nova cidade" a partir de 1967 para aliviar o aumento de população de Londres. O local foi escolhido estratégicamente para ser eqüidistante de Londres, Oxford, Cambridge e Birmingham. A arquitetura do centro da cidade é fortemente baseada na linha Modernista e o resultado foi a cidade "menos britânica" que se pode encontrar no UK.
A relação da Red Bull Racing com Milton Keynes começou quando Dietrich Mateschitz dono da Red Bull comprou da Ford, em novembro de 2004, a extinta equipe Jaguar Racing (ex-Stewart Grand Prix) adquirindo assim as instalações na cidade.
O evento hoje reuniu, além dos atuais pilotos, David Coulthard dirigindo um Toyota Camry NASCAR e também apresentando o evento junto com Jake Humphrey (BBC), Christian Horner e Adrian Newey.
Tirando o frio que estava hoje (4°C) o evento foi bem legal. Melhor ainda sendo "na porta de casa". Segue umas fotos que tirei.
Andre (Cobra)
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
O Blog vive...
sábado, 26 de novembro de 2011
Treino F-1 sábado
Dia de sol, aniversário do Margot e a menor delegação de Zé Ruelas no setor G em todos os tempos. Fomos em apenas 5 pessoas. Sinal do tempos. Sinal de que algo precisa mudar. No futebol eles mandam o técnico embora. Aqui vamos mandar o Setor G embora.
Sofremos bastante com o tempo, quem viu na televisão a expectativa de chuva não tem idéia do inferno que foi aquilo até uns 20 minutos antes da classificação começar. Que chova muito amanhã, chega de sol!
Os grandes vencedores do treino - Vettel, Senna, Button, Sutil e Barrichello.
Os grandes perdedores do treino - Massa, Petrov, Maldonado.
Torcemos muito pela Lotus com a asa do CT. Asa do KCT! Brigaram de perto pelo Q2, faltou pouco. Amanhã, com chuva, vamos aos pontos!
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Amanhã é dia
E amanhã começa o GP Brasil, treino livre com os cumprimentos da SAE BRASIL. Hora de dormir, falta apenas 1 dorme-levanta para voltar pela vigésima segunda vez ao habitat natural.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Mais Curiosidades nos Testes de Abu Dhabi
Nestes testes, um dos objetivos é também identificar as áreas do carro que estarão sujeitas às altas temperaturas. Estes testes são muito difíceis de serem feitos em túnel de vento e CFD é a melhor ferramenta para isso, porém a correta modelagem do escapamento é também muito complicada e requer confirmação na pista. É isso que a Mercedes está fazendo na foto abaixo. Os adesivos azuis são sensores de temperatura e funcionam através de uma reação química que determina a máxima temperatura naquela região.
Os escapamentos nesta região poderão afetar elementos de suspensão e também o eixo de transmissão. Este último, se aquecer mais do que esperado vai afetar a temperatura da caixa de transmissão, alterar a eficiência da lubrificação e pode também afetar o sistema hidráulico que é todo interligado (câmbio, direção, DRS e subsistemas do motor). Ou seja, se os gases do escapamento forem para o lugar errado, o carro todo pode parar!
Agora voltando ao primeiro post, em que coloquei as fotos da asa dianteira da Red Bull com diversos aparatos para medições, o post do Craig Scarborough explica o que a equipe possivelmente estava fazendo:
http://scarbsf1.wordpress.com/2011/11/16/abu-dhabi-test-red-bull-aero-rake/
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Dirigindo ou dançando?
O post é rápido... Em comemoração ao 8º título do Loeb vai o link para um vídeo de 85-86 do alemão Walter Rohrl (bi-campeão de WRC) dirigindo um Audi Quattro S1 (Grupo B). A montagem é tosca e o som pior ainda mas as imagens do pessoal saindo da frente do carro e o movimento dos pés são impressionantes...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Não-apostas pra 2012
- Eu não aposto uma folha de grama seca que a Ferrari vai manter Felipe Massa no ano que vem. Já dispensaram Kimi, porque não chutar Felipe? A única salvação dele é o Nicholas Todt. Que também é empresário de Jules Bianchi... Hum...
- Eu não aposto uma cinza de cigarro que Bruno está garantido no ano que vem. Andou bem no começo, mas agora está sofrendo. Mesmo com o dinheirox que ele traz, não acho que esteja garantido nem em Enstone, nem em lugar nenhum.
- Eu não aposto um pedrisco da esburacada rua daqui de casa que Rubens estará no grid da F1 em 2012. Ele já calou a minha boca no final de 2008, mas acho que dessa vez a coisa tá feia. Faltam vagas, e mais do que tudo, falta dinheiro. Barrichello ainda tem gás pra ficar, certamente ainda é o melhor dos 3, mas sem pagar está realmente difícil.
- Não aposto um pêlo de cachorro da rua que Razia vai entrar, infelizmente. Faltam dinheiro, e resultados na GP2. Tony e Mike não apostariam no cara. Seria uma boa, especialmente para este Blog, mas não deve rolar, não. Talvez em uma corrida ou outra, nas sextas-feiras. Se o baiano ainda estiver sob contrato da Caterham.
- Quem mais? Nasr ainda é cedo. Tony, JP Oliveira, Farfus? Esquece.
Então podemos ter, depois de mais de 40 anos, uma largada sem brasileiros. Se isso se confirmar:
- Eu não aposto uma gota de chuva que as transmissões da Globo serão ao vivo e na íntegra...
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Curiosidades nos Testes de Abu Dhabi
Sinal dos tempos...
Domingo, 11hs da manhã. Luis Roberto faz uma narração terrível do GP de Abu Dahbi. O desinteresse é total. A sensação é parecida de quando um jogo de futebol está 6 x 0 no intervalo e todos preferiam que acabasse ali mesmo ao invés de passar um segundo tempo inteiro já sabendo que nada vai mudar. O Brasil anda em baixa na F-1, nossos representantes passam por um momento fraco na categoria, com poucas previsões de melhora num futuro bem próximo.
Segunda-feira, 12:45hs da manhã. Globo Esporte. Ai sim eu me preocupei. Capitaneado pelo bom Thiago Laifert, mostraram todos os gols do final de semana, a luta inteira do UFC (afinal, durou 30 segundos...), e não falaram nada do GP de Abu Dahbi! Absolutamente nada. A próxima corrida é o GP Brasil, e a Globo nem colocou no seu principal programa esportivo.
Sinal dos tempos... que a propagação da internet e TV a cabo sejam cada vez mais rápidas porque sem brasileiros vencedores na F-1, não me assustaria se a Globo pular fora do barco num futuro breve... o UFC... ufa, esse tá garantido pra 2012, palavras do próprio Galvão Bueno!
sábado, 12 de novembro de 2011
Playoffs no automobilismo. Emoção ou injustiça?
Amanhã a Nascar corre a penúltima corrida em Phoenix e Carl Edwards pode conquistar seu primeiro título na categoria. Se o título não for decidido amanhã, semana que vem acaba em Homestead - Miami. A briga ficou basicamente entre ele e Tony Stewart. Outros ainda tem chances matemáticas, mas só chegam lá por milagre.
Se muita gente jogou pedra pelo título de Cacá Bueno na Stock Car, fruto da regra do tal playoff, vão ganhar muitos adeptos se Tony Stewart for o campeão. Assim como Cacá, Stewart entrou para os playoffs no talo, não havia ganho nenhuma corrida, uma temporada bem meia boca. Só que durante os playoffs ele ganhou 4 corridas!
Acho que existe uma grande diferença entre usar playoffs na Nascar e na Stock Car. A Nascar tem 26 corridas para definir a turma que luta pelo título e 10 provas no chamado playoff. É um número razoável de corridas. Se um piloto chegou no playoff em primeiro e nas dez últimas provas foi mal, provavelmente perderia o título também se não existisse playoff. O contrário é válido. Tony Stewart fazia uma temporada média, longe de brigar pelo título, mas com 4 vitórias em 8 corridas, certamente brigaria pelo título, mesmo sem playoffs. E com 10 corridas, mesmo se o líder do campeonato tiver um abandono, ainda terá outras 9 corridas para compensar.
Na Stock Car é bem diferente. O playoff consiste em 4 corridas. Um abandono como ocorreu com Thiago Camilo, o grande favorito antes de começar os playoffs, tiraram ele do páreo. E Cacá que fez uma temporada mediana, levou o tetra.
O intuito do playoff é dar mais emoção, evitar que um piloto ganhe o título com antecedência, como Vettel fez esse ano na F-1. Acho um pouco injusto, não gosto da idéia, mas se bem feito, bem planejado, até que vá lá. Mas o que fazem na Stock Car é praticamente um mata-mata. É uma cópia infeliz do regulamento americano. Esse é um dos problemas de quem promove a Stock Car. Quer comparar ela com a Nascar, mas não trata a categoria com o status e importância que a Nascar tem. Então na ânsia de imitar, acaba criando esses absurdos.
Carmagedon?
Kyle Busch, um dos caras mais odiados da Nascar deve ter jogado muito Carmagedon na infância. Semana passada ele perdeu a cabeça durante a disputa da Camping Truck Series e não teve dúvida: mandou o maior vencedor da categoria Ron Hornaday direto pro muro. O detalhe é que a prova já estava em bandeira amarela. O cara enlouqueceu.
Kyle Busch é um daqueles caras que muitas vezes corre nas três categorias da Nascar. Na sexta vai de pickup, no sábado na Nationwide Series, no domingo pela Sprint Cup. Porque? Não sei mesmo, talvez para ajudar na promoção das outras categorias, talvez por questões de patrocínio, talvez porque tenha negócios nas outras categorias. Mas em todas elas, o cara é odiado. É um talento, já venceu várias corridas nas três categorias e neste ano disputou os playoffs da Sprint Cup. Já não tem mais chances de título.
Por causa do acidente da sexta, Kyle foi proibido de correr as outras provas do final de semana no Texas. Isso acabou com as poucas chances que ainda tinha no campeonato. Mas o principal problema fica pela imagem dele. Muitos pilotos reagiram dizendo que isso demorou para acontecer, porque Kyle é inconsequente e muitas vezes "unfair". Tudo bem que quem falou isso são os mesmos caras que não pensam duas vezes antes de empurrar o outro pra conseguir uma vitória. Ali, ninguém é santo. Mas Kyle Busch parece ter exagerado na dose. Dessa vez, com certeza.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Micou
Bom, eu estava decidido a não ir no GP Brasil 2011. Pra mim, já deu. Não vale o sacrifício, o preço do ingresso é altíssimo, e o retorno não vale mesmo. Ver os carros é ótimo, mas pagar uma pequena fortuna para isso, não. Chuva, banheiros, acesso, descaso, greenburger, conforto, não vale o preço. Não mesmo, ainda mais quando você converte o preço em sacos de cimento. Então não comprei o ingresso, o dinheiro foi pra outras coisas mais importantes que corrida de carro.
Mas, por sorte, acabei ganhando o ingresso. Então vai ser este o meu último GP Brasil ao vivo, depois de décadas. Agora, F1 in loco, só se for de graça, ou ocasião especial.
E o problema é que eu não sou o único. Os ingressos estão caros para um campeonato já decidido, as equipes já sabem trabalhar os pneus, e não tem muita chance de brasileiro ganhar a corrida. Estes não são os meus motivos pra assistir a corrida de casa, mas pra muita gente é.
O fato é que pela primeira vez em muito tempo, os ingressos estão encalhados. Recebi um e-mail da empresa semana passada, que fizeram um "acordo" com a Interpro, e estavam vendendo os ingressos com desconto de 20%, pra vários setores. Inclusive o G. Se até o ingressos mais baratos encalharam, acho que não vai ter arquibancada cheia pra filmar em 2011.
É meio ruim pensar isso, mas um sentimento de "bem-feito" me vem à cabeça neste momento. A soberba de achar que você pode enfiar o preço que quiser para tratar o público como gado este ano não deu certo. Espero que aprendam, e que coloquem nos próximos anos um preço justo, ou que vendam um produto decente fora das pistas.
Então, me preparo para curtir o meu último GP Brasil. Mas este ano, pra mim, vai existir uma atração especial, fora do autódromo: ver o desespero dos cambistas com muito dinheiro empatado nos coloridos cartões magnéticos que ninguém quer comprar!
Alex Zanardi na New York Marathon
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Kimi de volta?
Sou um fã declarado do Kimi tanto pelo seu talento nas pistas como por suas atitudes fora dela. É um cara que faz falta para a F-1. É um cara que infelizmente se perdeu um pouco. Após ser campeão mundial em 2007, Kimi perdeu sua velocidade, perdeu o foco, perdeu seu momento. Infeliz e desmotivado, o finlandês largou a F-1 foi para o WRC, arrebentou um monte de carro por lá, inventou de tentar a Nascar, correu meia dúzia de corridas, voltou para o WRC. E agora esse papo de voltar para a F-1.
Cada dia acredito menos nesses retornos, mesmo de pilotos acima da média. A F-1 é uma categoria que não aceita mais erros. Ganha quem errar menos, ganha quem estiver 110% focado. Se realmente voltar, não acredito que Kimi fará mais do que Schumacher está fazendo.
Conceitos India 2011
Vamos à lista de obviedades: Vettel foi soberano. Novamente pole e vitória, sobrando em relação ao resto. Button é o melhor dos mortais, se é que existe esse papo de alguém merecer algo, Button é que merece o vice-campeonato. Alonso anda mais que o carro, é muito bom, faz bem a Ferrari prolongar o contrato até 2016. Só precisa acertar melhor o carro que o piloto levará os italianos ao título novamente. Essa é a turma de destaque. Agora a turma do desgaste...
Que novidade há em Massa e Hamilton trocarem tinta na pista? Nada. Esse é o drama daqueles que se destacam mais pelos erros do que pelas conquistas. Massa passou o ano justificando problemas no carro, o bendito pneu que não esquenta, os inúmeros erros de pit stop e a perseguição que está sofrendo de Hamilton. Hamilton caiu demais de produção. Sei lá se é pela ex-namorada, pelo pai que foi ser agente de outro, sei lá. A verdade é que perdeu seu lugar de queridinho e primeiro piloto na McLaren. As batidas com Massa são apenas consequência de dois pilotos que passam por um momento muito ruim de suas carreiras.
Quanto à punição que Massa recebeu pela batida, achei exagero pra não dizer que achei errado. Massa tinha metade do carro à frente, Hamilton forçou a barra e ninguém aliviou. Acidente de corrida na minha opinião. Será que em 1990 Prost seria punido se ele e Senna tivessem sobrevivido à primeira curva no Japão porque o francês não deixou espaço para o brasileiro??
Sobre Webber, é outro que faz uma péssima temporada. Principalmente porque em 2010 conseguiu brigar com Vettel então todos esperavam mais. Esse ano ele foi aniquilado por Vettel. Com o carro que tem, não ganhar nenhuma corrida é tão absrudo quanto Massa não chegar no pódio com a Ferrari.
Lá no fundo, nada de novo também. A maravilhosa Lotus Caterham chegou na frente do Rubinho. Barricas por sinal está quieto. Quieto como ficou no final de 2008, quando o final da carreira era quase certeza e o milagre Brawn GP fez o brasileiro ressurgir, inclusive para as vitórias. O futuro dele está tão incerto como em 2008, com a diferença que está batendo nos 40 anos e tem cada vez menos motivos para ser uma boa opção. Assim como em 2008, vou para Interlagos preparado para a despedida dele.
Mas teve uma novidade nessa corrida. Estava em Buenos Aires no final de semana e graças ao canal Fox Sports não tive problemas para ver a prova. Aliás, a Argentina não tem um piloto na F-1 há alguns anos (vou chutar que o último foi Esteban Tuero ou Gaston Mazzacane... se estiver errado, me ajudem...), só que fazem uma transmissão ao estilo BBC e ADORAM a Ferrai. No sábado rolou um programa em horário nobre no estilo "Sinal Verde" que a Globo passava alguns anos atrás. Só que com 1 hora e meia de duração. Eles passam as entrevistas (e comentam ) de todos os pilotos após o treino oficial. No domingo, a trasmissão começou uma hora antes (madrugada brava por lá...). A única coisa que a Globo ganha de qualquer emissora no mundo é que não tem comercial durante a corrida.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Camera no capacete do di Grassi
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
A cara da F1 em 2012
A primeira mudança é em relação à altura do bico, que tem como objetivo melhorar a visibilidade dos pilotos e reduzir o risco de airborne quando um carro bate no outro. Mais do que a aerodinâmica, essa mudança vai mudar muito a estética dos carros de F1. O link para o post explicando os detalhes neste assunto está AQUI.
A segunda mudança é em relação ao positionamento da saída dos escapamentos. Em 2012 os escapamentos próximo ao assoalho traseiro serão proibidos e uma região na carenagem do motor é definida para o posicionamento da saída. Além disso existem restrições quanto ao formato e ângulo do escapamento. Mais detalhes neste post AQUI.
Asa flexível e ressonância
Ferrari Flexi Wings 2011 Indian Grand Prix FP1 di Mattzel89
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Goodbye Marco
domingo, 23 de outubro de 2011
Louros aos Campeões
Stoner por sua vez conquistou o título de forma impecável. Teve como grande rival o atual campeão, Jorge Lorenzo. Pedrosa seria uma ameaça, mas o acidente com Simoncelli na metade do campeonato tirou as chances dele. Stoner comemorou o título em casa, uma semana antes da tragédia da Malasia. Teve pelo menos a chance de curtir a conquista do bicampeonato.
Conceitos Coreia 2011
O GP da Coreia leva fácil o prêmio de corrida mais sem graça e sem identidade com a categoria. Os promotores choram um prejuízo de milhões de dólares na corrida de 2011 e os vizinhos ruralistas não enxergam a menor razão dessa prova. Acho que tem vida curta essa aventura coreana.
Da prova lembro pouco. Não que na pista a corrida tenha sido muito chata, mas a madrugada, o horário de verão, o campeonato resolvido e um local sem sal nem açucar não ajudaram. Pra não dar muito trabalho peguei a nova trapalhada do Petrov para colocá-lo como pior da prova. Ele salvou os brasileiros de levarem a honra...
Hamilton ganha o prêmio de piloto mais combativo pela forma incrível que segurou o segundo lugar. Vettel foi o retrato do campeonato - seguro, sem erros, longe de problemas. E Webber vai de Adrian Fernandez pra completar o pódio - realmente não vejo a hora de 2012 chegar pra arrancar essa categoria dos conceitos.
Vamos agora pra India. Ouvi falar que a pista é boa, na teoria será a segunda maior média de velocidade, só perdendo para Monza. Eu tenho a sensação (sem qualquer argumento plausível) de que será um GP tão bobo e sem identidade com a Coréia.
sábado, 22 de outubro de 2011
Reflexões sobre a morte de Wheldon – agora sabendo de Simoncelli
“Apesar do silêncio no blog ao longo da semana, conversamos muito por e-mail e isso foi interessante para uma reflexão sobre o acidente no GP de Las Vegas da Indy que levou à morte do inglês Dan Wheldon. Nos jornais, sites especializados, blogs, todos buscam explicar as razões, encontrar erros, culpados, ou apenas aceitar que isso faz parte do jogo. Muitos pilotos da Indy, F-1 e outras categorias deram suas opiniões, que variam amplamente na questão dos riscos, do absurdo de colocar tantos carros numa pista pequena, na questionável segurança dos carros da Indy. Mas a grande maioria, pra não dizer todos porque não tenho certeza, terminam com algo do tipo: sabemos dos riscos, mas por amor ao esporte seguimos em frente.
A reflexão de tantas informações nos leva a montar um ponto de vista sobre o que aconteceu, nem tanto na avaliação do porque Dan Wheldon morreu, mas no sentido do automobilismo como um todo. O que faz um ser humano decidir por pilotar um carro a 350 Km/h apenas para chegar na frente dos outros? A resposta é a mesma do porque um cara aceitou sentar num foguete com asas para quebrar a barreira do som. Ou mesmo viajar até a lua. O ser humano é insano por natureza, essa é a realidade. E essa insanidade é refletida tanto no comportamento daqueles que aceitam correr riscos por prazer, por glória, por heroísmo, quanto por aqueles que transformam esses loucos em pseudo-deuses por considerá-los pessoas especiais, dotadas de um talento fora do comum e que aceitam aumentar os riscos pelo prazer da conquista. Em algum post esquecido no passado desse blog escrevi certa vez que a Nascar era uma verdadeira alusão ao pão e circo de Roma, uma caracterização moderna de um espetáculo de gladiadores. No Coliseu, a morte fazia parte do jogo e se não acontecesse, a turma voltava para casa decepcionada. Hoje temos Nascar no Super Speedway de Talladega onde todos esperam que aconteça o “Big One”, um acidente que envolva muitos carros ao mesmo tempo. Se isso não acontecer, garanto que a maioria volta pra casa dizendo que a corrida foi chata. E cada um dos pilotos que vai largar hoje sabe disso, e sabem que podem ser o escolhido da vez na pancada. Pergunte a cada um deles se querem desistir por causa dessa possibilidade? Não mesmo.
Vejam o caso do próprio Dan Wheldon. Venceu duas vezes as 500 milhas de Indianápolis. Tornou-se celebridade, tornou-se um herói. Está eternizado na memória da categoria, seu rosto no troféu mais famoso do automobilismo. Será que ele trocaria tudo isso mesmo se soubesse que aos 33 anos morreria numa pista de corrida? Sinceramente não sei porque outros fatores como família entram na jogada, mas não seria uma resposta fácil.
Nelson Piquet disse numa entrevista que deve ser facilmente encontrada no Youtube alguma coisa do tipo: o público assiste corrida para ver acidente, tragédia. Quanto mais batida, melhor, senão ele perde o interesse, desliga a TV e vai fazer outra coisa. Concordo 100% com ele. O ser humano gosta de tragédia, isso vende, o drama vende. Uma pequena minoria assiste corridas para ver um ser humano talentoso tirar cada milésimo de segundo possível de um projeto de engenharia de milhões de dólares otimizado ao extremo.
Por mais que os envolvidos (pilotos e espectadores) saibam dos riscos existentes, quando alguém morre numa competição fica aquela impressão de que a coisa passou do limite. E a conseqüência são os questionamentos sobre segurança, riscos elevados, etc. Mas basta um mês para que isso seja superado e tudo volte ao normal para o público em geral.”
O caso de Wheldon, e agora infelizmente o de Simoncelli também, são sim fatalidades. No caso da Indy ficou a sensação de que correr naquela pista, com 34 carros, parecia um risco além do padrão. Não concordo com isso porque a coisa funciona assim há muitos anos na Indy. É só ver o número de fatalidades nos últimos anos quando comparamos com a F-1. É porque a F-1 é mais segura? Não sei, prefiro considerar a Indy apenas mais arriscada que a F-1. A exposição a um acidente é muito maior num oval do que num circuito misto. Em termos de segurança do carro ou proteção aos pilotos, são muito parecidas.
Certamente a perda da vida desses caras vai elevar de alguma forma o padrão de segurança das categorias, é como num acidente aéreo, alguma coisa precisa ser feita. É cada vez mais inaceitável a perda de um herói ao vivo e a cores. Mas... seria inadmissível, e ai entra a insanidade do ser humano, acabar com o risco do automobilismo. O dia que o piloto sentar num simulador e o carro na pista for apenas uma máquina comandada à distância, o interesse simplesmente acaba. Porque os pilotos passariam a ser reles mortais como qualquer um de nós.
domingo, 16 de outubro de 2011
Franchitti campeão depois de acidente feio!
A corrida vai passar depois das 20:00hs na BandNews, VT, uma palhaçada diga-se de passagem. Mas o título está decidido porque Power está envolvido na pancada. Como nenhum canal está passando, não dá pra saber exatamente o que está acontecendo, se alguém se machucou. Mas o acidente foi muito feio. A prova está interrompida nesse momento.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Final de semana lotado
Desse pacotão todo, recomendo ver a F-Indy, se é que a Bandeirantes vai passar. Franchitti e Power chegam na última prova com chances de título, o escocês à frente. Mas os dois largam lá atrás, Tony Kanaan fez a pole. O escocês pode alcançar o quaro título consecutivo, um legítimo tetracampeonato. Power tá ficando com fama de amarelão, vai acabar ajudando o adversário.
MotoGP em Phillip Island também é uma boa. A largada será na madrugada do domingo, 1 hora antes da F-1. Ou seja, tá no inferno, abraça o capeta. O negócio é ignorar o horário de verão e pegar a rodada dupla. Só espero que Bernd Maylander não domine a prova como ano passado porque ele dá muito sono.
Stock Car virou lenda, não vou perder meu sono por causa disso. Nascar só se o Bola vier assistir aqui em casa.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Onde está o erro?
Mas ao fazer a planilha de controle dos relatórios, uma coisa que é recorrente há anos e só agora caiu a ficha: 22 equipes inscritas. 18 instituições públicas de ensino e 4 particulares. 18% de escolas privadas nas inscritas no FSAE-B 2011. Quando a realidade do Brasil é exatamente o oposto.
O que leva as faculdades de engenharia particulares a não investir em programas estudantis? Seria o perfil dos alunos? Não, algumas equipes são feitas por alunos que pagam a faculdade, trabalham de dia, estudam de noite, e ainda fazem o carro chegar no final do enduro.
Seriam orientadores fracos? Não, tem equipe particular com professores valorosos, que puxam as equipes e facilitam o acesso dos alunos ao conhecimento dentro dos departamentos.
Será que as particulares não percebem o valor de marketing que é ter uma equipe de baja/FSAE na sua escola? Também não. É só olhar qualquer página da internet ou folder dessas escolas que você percebe que elas sabem muito bem usar esta ferramenta.
A minha única (e decepcionante) conclusão é que as instituições nacionais de ensino particular estão preocupadas com o bolso, mesmo. Não querem gastar um punhado de reais pra montar uma oficina e deixar usar os laboratórios, para que os seus estudantes aprendam um pouco mais.
Uma universidade que se preocupa com o lucro ao invés da qualidade do profissional que ela está formando é uma universidade falida já no seu conceito, e não dá pra aceitar uma visão tão idiota do ensino de engenharia assim.
Por isso, por favor, me ajudem, achem outro motivo para tamanha surra que as públicas dão nas privadas, nos eventos estudantis. Quem tiver outra resposta, que poste aqui. Enquanto isso, volto a minha rotina de noites e noites vendo relatórios... Vamos pelo menos ajudar os poucos que se esforçaram para estar na competição.
Entrevista com Senna em 1991
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Conceitos Japão 2011
Feriadão providencial para colocar o post dos conceitos em dia antes da próxima corrida.
Apesar de Button ter roubado a cena no Japão, temos que começar falando de Vettel, o mais jovem bicampeão, gênio, blá blá blá... Uma dupla quase perfeita essa Vettel-Red Bull. O que podemos falar de um cara que depois de 15 corridas tem como pior resultado um quarto lugar? Em 15 provas só não subiu no pódio uma vez. O pior resultado dele é melhor que o quinto lugar de Massa, a melhor posição do brasileiro. Um verdadeiro massacre que só deve aumentar até o final do ano.
Ano passado, em certo momento do campeonato, Vettel parecia desestabilizado pela velocidade de Webber, que ganhava força e parecia ser a chance da Red Bull em conquistar o título. Mas algo aconteceu... da parte final do campeonato em diante, Vettel começou uma ascensão que não parou em 2011 e promete continuar em 2012. A última vez que Vettel cruzou a linha de chegada abaixo do quarto lugar foi na Bélgica em 2010!! Depois teve a quebra de motor na Coreia, quando liderava. E só isso. Pra quem tinha pesadelos com o domínio do trio Schumacher-Brawn-Todt agora tem calafrios com o trio Vettel-Newey-Horner.
O título antecipado de Vettel também mostrou que apesar dos esforços em transformar a F-1 numa gincana, o melhor piloto com o melhor carro foram os campeões. Asa móvel, pneus diferentes, safety car por qualquer bobagem, tudo isso serviu pra criar uma bagunça no pelotão intermediário. Vettel se manteve fora dessa confusão. O grande mérito e segredo do sucesso dele. Agora é esperar e ver o que mais esse alemãozinho vai conseguir. São apenas 24 anos... meu Deus...
Agora sim, Button. Que fase do inglês! Desde a classificação já dava pinta que poderia rivalizar com Vettel. Vi alguns sites dizerem que Vettel não correu pra vencer, mas pensando no campeonato. Acho que isso tem sua verdade, mas passou a valer apenas nas últimas 10 voltas, quando Vettel caiu para terceiro e sabia que Alonso e Button não tinham nada a perder, ao contrário dele. Mas até esse momento, andou forte (muito mais que Webber por exemplo...). Na própria largada assumiu um risco grande ao fechar Button. Tudo isso pra deixar claro que a vitória de Button foi mérito dele, andou tudo que o carro oferecia. Não foi uma corrida em que venceu por condições adversas. Venceu porque andou forte o tempo todo. E isso está tirando o sono de Hamilton, porque ele era o cara a andar forte, Button era o cara das estratégias. Agora Button está sendo o cara das estratégias e que anda forte!
Alonso faz o que Schumacher fazia na mesma Ferrari no final dos anos 90. O carro não é suficiente para ser campeão mas ele está sempre na briga. E a maior prova de que ele anda mais que o carro é a triste comparação com o companheiro de equipe. Que temporada melancólica do Felipe Massa. Pra ele sobrou apenas bater boca com Hamilton. São dois pilotos que terminam a temporada muito em baixa.
Para acabar, não podemos esquecer da nossa querida Lotus!! A Lotus verde!! A Lotus de Trulli, Kovalainen e CT. Pela primeira vez na história da equipe os dois carros completaram o percurso completo de uma corrida! Terminaram na mesma volta do líder! Pode parecer pouco e até irônico o comentário, mas não é. Pelo contrário, isso mostra a evolução constante da equipe. Ano passado em Suzuka Kovalainen tinha chegado 1 volta atrás e Trulli 2 voltas atrás. Ah... mas esse ano teve o safety car... teve sim e com certeza ajudou. Mas o safety car já entrou várias vezes na pista desde que a Lotus existe e mesmo assim isso não havia sido alcançado. Então valeu CT, parabéns pelo esforço de vocês!! A Lotus é o Brasil na F-1!!
domingo, 9 de outubro de 2011
Em nome do espetáculo
Eu ia escrever isso antes da corrida da Índia, mas como aconteceu antes, vou comentar agora, mesmo parecendo coisa de engenheiro de obra pronta.
É que essa coisa irritante do espetáculo acima do esporte, complicando as regras, é realmente um tiro no pé. E gera problemas com esse da montagem do grid de Suzuka.
Eu estava imaginando uma situação hipotética na Índia: ninguém conhece o asfalto, o desgaste, etc. Chove na sexta, no sábado pista úmida pela manhã. Previsão de sol pro domingo. Você classifica seu carro pro Q3. Com os dados coletados no treino livre da manhã, e do Q1 e Q2, não dá pra montar uma estratégia pra corrida.
Então o que pode ser mais seguro? Ficar no box. Larga em décimo, mas tem mais chance de escolher o pneu certo pra corrida. E aí uma situação dessas podia ocorrer com 3 ou 4 carros. O Q3 ficaria esvaziado, chato, e previsível.
Pois é, isso aconteceu agora, em Suzuka, por diferentes motivos. Por sorte, tivemos um pouco de emoção na briga pela pole position, porque lá trás foi uma catástrofe.
Aí a FIA vai mexer na regra, de novo. Provavelmente, uma punição para quem não colocar carro no Q3. Ou senão, a regra vai falar que o piloto deve declarar o pneu que vai usar no Q3. Não era mais fácil desvincular os pneus usados na classificação e na corrida?
Pra quê simplificar se pode complicar? Depois neguinho vem fazer pesquisa na internet pra saber porque a audiência vem caindo...
Agora, as curtinhas da classificação, que fazia tempo que eu não assistia:
- Button está guiando o fino, mesmo. Ficar a 9 milésimos do Vettel é porque ele tá fazendo milagres com o carro da McLaren. Pra mim, o melhor piloto do final da temporada. Vou torcer pra ele, depois das Lotus, claro!
- É pela segurança, eu sei, mas que pena que asfaltaram a área de escape na Spoon. As escapadas de Alonso e Hamilton lá iriam mudar a história da corrida, e ia ser bem mais interessante.
- Parece que as McLaren chegaram nesta pista. Vai ser corrida boa!
sábado, 8 de outubro de 2011
O cara é muito bom
A foto diz tudo. No meio um bicampeão que vive uma fase incrível. Do lado direito um Button de bem com a vida. Do lado esquerdo... o que é isso?? Estaria ele dizendo "Have you seen Sarah Connor"?
Hamilton terminou o treino P. da vida, sabia que tinha carro pra brigar pela pole mas estranhamente não abriu a segunda tentativa. A TV não mostrou mas parece que ele e Schumacher se enrolaram na chincane antes de abrir a última volta e os dois passaram pela linha depois do cronômetro zerar. Foi profissional, cumpriu com as formalidades da F-1, mas o que ele queria na verdade era sair da frente das câmeras o quanto antes e quebrar tudo.
A corrida promete. Com o título resolvido, agora a briga é só pra ganhar as corridas. Largando da pole Vettel é favorito, mas diria que os 6 primeiros tem chance de vitória. Pois é, não descarto nem o Massa porque os carros estão próximos e os pneus vão criar uma confusão danada.
F-Indy na reta final
O vídeo abaixo mostra alguns momentos da prova de Kentucky. Vale pra quem gosta da Indy porque o final da prova foi emocionante - primeira vitória do Ed Carpenter (quem??) e vale pra quem não gosta porque a sequência de bizarrices nos boxes é digna do legado que o campeonato desse ano vai deixar.
Acompanhei algumas provas nesta temporada, o suficiente pra confirmar que os diretores de prova fizeram muita confusão. Penalizações absurdas, corrida com grid sorteado e total falta de experiência com situações de chuva - o video abaixo mostra Will Power dando show após rodar numa relargada em pista molhada... num oval!
Vamos para Suzuka, Q1 em andamento!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Papagaiadas do Marketing
Mas eis que aparece uma cena do Massa nos boxes e me lembro de um assunto besta que queria comentar mas sempre esquecia. Assim que a câmera mostrou o Massa, ele pega aquela garrafinha de Guaraná e faz de conta que tá bebendo. Hoje foi ridículo porque ele tava com o canudo na boca mas o canudo tinha um nó... depois de uns segundos pagando mico, ele "desamarrou" o canudo e ai o showzinho ficou mais real.
O uso de boné já se transformou em ação obrigatória para os pilotos. É um milagre ver uma entrevista que o piloto não esteja com o bonezinho do patrocinador. E agora, com as garrafinhas, eles arranjaram um outro jeito de fazer um jabá. Reparem no Massa... sempre que aparece uma imagem dele, ele dá um golinho de Guaraná. Parece um robozinho.
Isso é ainda mais óbvio nas entrevistas com os pilotos da Nascar. Todos carregam algo, uma garrafa de Coca, Pepsi, energéticos, qualquer coisa. Enquanto o repórter pergunta, lá vai o piloto dando umas bicadas. Fala um pouco, e manda mais um golinho... e por ai vai.
Kimi Raikkonen mandaria uma branquinha, com certeza!
FStudent UK 2011 - Domingo - parte 2
E descobrimos uma infração da regra: pilotos profissionais andando no carro. Mas não deu nada, porque o Stig não pode ser considerado um "Ringer". O Stig é... bem, sei lá. Por falta de definição do que é o Stig, deixaram os pontos da escola.
Agora, uma sequência de fotos gerais da bateria do enduro com os melhores carros:
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
FStudent UK 2011 - Domingo - parte 1
Esses caras de Eindhoven deram trabalho na inspeção técnica dos carros elétricos. Não, o carro deles era bom. É que não dava pra entender nada do inglês deles, mesmo!