Corridas como da Hungria são complicadas de comentar porque as condições variam tanto que fica difícil avaliar quem foi bem, quem acertou, quem errou ou quem fugiu de problemas e no final deu sorte.
A comparação dos pilotos da McLaren atual com a McLaren de 1988 já foi feita várias vezes. E cada prova que passa fica mais evidente a semelhança de Hamilton com Senna e Button com Prost. Hamilton é muito agressivo, Hamilton vale o ingresso. Se vai ser melhor ou pior que Senna, não vamos entrar nessa conversa porque 20 anos separam os dois. Seria a mesma burrice que comparar Senna com Jim Clark. Todos são muito bons, ficamos assim.
A comparação de Button com Prost é mais forçada porque o inglês não anda o que o francês andava, nem de perto. Mas tem uma capacidade de interpretar as condições de pista como poucos. Usa isso como alternativa pois é difícil que em condições de igualdade consiga andar no mesmo ritmo de Hamilton, Vettel ou Alonso. Button tem mostrado um talento para se adaptar às rápidas mudanças e por isso consegue assumir mais riscos nesses momentos. Ganhou mais uma na estratégia. É com certeza, o melhor dos segundos pilotos.
O resto da turma também andou bem, até Massa. Vários pilotos sairam da pista na mesma curva que Massa, um pouco de azar do brasileiro que rodou e ficou preso atrás de carros mais lentos. A diferença é a demora de Massa em livrar o tráfego. Duvido que Hamilton ficaria 10 voltas atrás do Rosberg. Depois, pelo Live Timing, deu pra ver que Massa andou no ritmo, mas estava muito atrás.
Na confusão era difícil achar um cara que fosse o pior da corrida. D'Ambrosio nos ajudou, protagonizando o primeiro cavalo de pau em pit stop da história.
A F-1 está em férias, o CT está em férias. Vamos lutar contra as férias do blog...
Bom, a parte das férias do Blog o Munck já se encarregou de acabar. Mas de novo, excelente leitura da corrida, Rafa. Especialmente na comparação dos pilotos de 20 anos atrás com os de hoje.
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