Mas no meio do caminho achei também outra relíquia. O meu primeiro GP de F1. Foi nos dias 1,2 e 3 de abril de 1988. De tanto encher o saco do meu paizão, ele decidiu me levar pra assistir a um GP. Com algum custo compramos um pacote, e na madrugada de quinta para sexta, a santa da minha mãe nos levou até Jundiaí. É que o ônibus da excursão iria passar lá, na Anhanguera, pra nos pegar.
O combinado era 4:00 da manhã. Chegamos 3:30. Minha mãe foi embora, ficamos meu pai e eu na Anhanguera. 4:10, 4:20, 4:30... Nada do ônibus passar. O meu desespero aumentando, fomos esquecidos! Na época mal existia orelhão de ficha, quanto mais celular...
5:00 da manhã chegou o ônibus. Ufa! Embarcamos, mal conseguia dormir. Chegamos umas 10 da manhã ao Rio, eu queria ir para o autódromo, o ingresso era de 3 dias, mas o pacote não. Sexta-feira, um city-tour pelo Rio. Que também foi legal, meu pai me mostrou os lugares que havia trabalhado no centro, e comemos um delicioso galeto numa boca que os nativos ensinaram pro meu velho.
Sábado, 8 da manhã o ônibus nos deixou no RioCentro. Era mais de 1 km de caminhada até o setor N, na Curva Norte. Foi lá que fiquei, e foi lá que vi o meu primeiro GP. Tem mais de 20 anos, mas ainda não esqueci.
Mas como sempre, falei demais. agora fiquem com as fotos, e conforme for, vou comentando. E vocês, podem tirar sarro do molecote feliz da vida!
A montagem tá meia boca, mas essa era a visão da Curva norte. Na foto da direita, bandeiras amarelas por causa de uma errada do Maurício Gugelmin (Leyton House) no Warm-up.
Isso era o terreno por trás da área de escape da cuva norte. Hoje é o Maria Lenk. Mas a cara de felicidade do Pequeno Gonzo não dá pra esconder. Reparem as perninhas tortas!
Olha a carinha do pimpolho! O carinha que está com fone de ouvido é o pai da menina e sem querer ele me protegeu de uma sacada de... Bom, história nojenta. A menina ficou encharcada e deu polícia, a coisa foi bem feia.
Volta de apresentação. Senna estava na pole, era estreia na McLaren, mas antes da volta de apresentação o câmbio trava. Ele largou o carro no grid, pulou para o reserva no box, ali em frente, e largou do pit. Saiu em último, e fez uma corrida especial, passando todo mundo.
Aqui, a galera comemora mais uma passagem do Senna. Ele foi escalando a classificação andando num ritmo impressionante. Mas foi desclassificado na metade da corrida, quando estava em segundo lugar, se aproximando do Prost. Quando havia carro reserva, a regra era a seguinte: depois que você alinha no grid, só podia usar o carro reserva se a largada fosse considerada cancelada. Depois veio o Safety Car, as largadas não foram mais canceladas, e os carros reservas viraram doadores de peças somente.
E foi isso. Achei muuuita coisa desses 20 e tantos anos de GP Brasil. Acho que vou postar antes da corrida em novembro, mas as fotos do velho eu posto antes. Pena que o Moribundo vai muito mal das pernas, só falta desligarem os aparelhos...
Muito muito massa Gonzo!!!Fiquei fa do seu pai em te levar em uma dessa com direito a saco de mijo e a esperar 1h30 na Anhanguera sem ter um celular.
ResponderExcluirSaude ao seu pai!
Abracos
Muito massa!!
ResponderExcluirNessa época eu pentelhava muito para assistir as corridas no Rio e o meu tio Julio (irmão da Tia Janete...) costumava ir com os amigos. Eles acampavam na praia, cervejinha, boteco, etc, e se desse tempo passavam pelo autodromo... nunca entendi porque minha mãe não me deixava ir junto... rsrsrs
A minha primeira em Jacarepagua foi o GP da Indy em 1996, quando o André Ribeiro ganhou. Uma história engraçada, da época do cursinho, que eu coloco aqui qualquer hora.