segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

SIM, ainda se fazem pilotos como antigamente!

Outro dia fiquei revoltado quando vi que alguém postou no Facebook esta foto abaixo:
Esta foto foi tirada em 1986 quando os quatro pilotos ainda tinham chances matemáticas do título. Prost levou a taça e ao final daquele ano a situação era a seguinte: Senna terminava a sua terceira temporada na F1, tinha algumas vitórias no bolso mas nenhum título mundial. Mansell terminava a sua sétima temporada e conseguiu o seu melhor resultado até então, foi vice-campeão mundial. Prost também terminava a sua sétima temporada e se tornou bicampeão. E Piquet era o mais experiente, terminava a sua nona temporada e era também bicampeão.

Agora olhando para o presente, estamos para começar uma temporada em que temos o heptacampeão Schumacher, os bicampeões Vettel e Alonso e os campeões Hamilton, Button e Kimi. São 14 títulos contra 4 no final de 1986! Ok, difícil comparar diferentes épocas, difícil colocar o domínio Ferrari/Schumacher na conta, etc, mas sem babaquisse por favor, vamos pelo menos dizer que temos no presente pilotos protagonistas a altura do que tínhamos naquela época. É bom não nos esquecermos que Mansell foi ser campeão somente na sua 13ª temporada, com uma Williams de outro mundo, mais ou menos como aconteceu com o Button e sua Brawn. Que Vettel ganhou uma corrida em Monza na chuva com uma Toro Rosso e que talvez o feito seja comparável ao Senna com a sua Toleman em Mônaco. Que o Alonso é considerado um dos pilotos mais completos da história e que amassou com o dedo todos os seus companheiros de equipe até hoje. Que o Kimi pulou direto da F-Renault para a F1. E falem o que quiserem do Schumacher, ele ganhou 7 títulos mundiais e ninguém faz isso se não for excepcional. E com a excessão do Schumi, a maioria dos pilotos no grid atual ainda têm muita lenha pra queimar e muitos títulos para conquistar.

Ok, os carros e tecnologias atuais são diferentes, o estilo de pilotagem é diferente, mas pra mim não existe discussão: SIM, ainda se fazem pilotos como antigamente!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ops... pausa para falar de avião... F-35

Recebi esse video hoje no trabalho. Não tem nada a ver com automobilismo, mas conhecendo os leitores desse blog, acho que vão gostar... sei lá, pra não ficar totalmente sem motivo, é pro CT estudar a aerodinâmica do bicho.

O texto abaixo veio com o link. Não sei a veracidade das informações, mas já tive a oportunidade de ver um desses ao vivo. Em solo obviamente. A fuselagem é bem diferente de todos os outros caças famosos como F-14, F-15, F-18, etc... Uns acham lindo, outros horrível. Sou da primeira turma.

This video link is fresh (for the public). It was made just six weeks ago in the Atlantic, just off Newport News ( Hampton Roads), Virginia .
These are the latest sea trials of the F-35B on the USS Wasp. They were very successful, with 74 VL's and STO's in a three week period.
The media and the program critics had predicted that we would burn holes in the deck and wash sailors overboard.
Neither of which happened. You will notice a sailor standing on the bow of the ship as the jet rotates.
That was an intentional part of the sea trials.
No catapult... No hook.... It's a new world out there!
The shape and scope of warfare – worldwide – just changed.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

No limite extremo


Todos os meses o Luciano Burti assina uma coluna na Revista 4 Rodas e na edição deste mês ele abordou um tema bastante interessante. Ele comenta sobre o domínio que os pilotos de F-1 mostram nas corridas de kart como o Desafio das Estrelas, onde pilotos de várias categorias correm juntos.

A resposta segundo ele não está no fato de que os pilotos de F-1 são apenas melhores que os pilotos da Indy, Stock Car, Nascar. A diferença está na percepção de limite de cada um, na sensibilidade e capacidade de raciocinar e agir em milésimos de segundos ao invés de centésimos de segundos. E nenhuma categoria tem um limite tão extremo (uahhh!!) quanto a F-1.

Ele faz a comparação de um F-1 e um Stock Car no S do Senna. O F-1 chega no final da reta perto dos 310 Km/h, freia na placa dos 40 metros e mergulha na curva. Um Stock chega perto dos 250 Km/h e começa a freiar antes da placa de 100 metros. É muito mais massa para desacelerar, muito menos freio disponível e um abismo de diferença em termos de carga aerodinâmica para empurrar o carro para baixo. Naturalmente o piloto da Stock tem muito mais tempo para raciocinar e agir do que o piloto da F-1.

Essa diferença na percepção do limite é que leva os pilotos da F-1 ao topo da pirâmide. Eles acabam sendo melhores porque trabalham com as máquinas mais otimizadas e rápidas do mundo. Nenhum carro freia como um F-1, nenhum carro acelera como um F-1 e principalmente, nenhum carro faz curva como um F-1. É por isso que nunca acreditei que Schumacher voltaria com a força de quando deixou a F-1. E pelo mesmo motivo não acho que Raikkonen voltará brilhando como no passado.

Outra coisa interessante sobre este assunto foi o teste que o Fabio Seixas fez essa semana, andado com o Lucas Di Grassi num F-1 two seater. A descrição dele mostra o quanto esses caras vivem em outra dimensão. São capazes de andar por 300 Km na mesma intensidade que uma montanha russa daquelas bem violentas causa num ser humano normal. Só que ele não fica gritando como qualquer mortal, acima de tudo ele precisa achar o limite do carro. E depois disso tudo sai andando como se nada tivesse acontecido.

The Return of a Legend?

Kimi is back!!

Depois de alguns anos pulando entre diversas categorias do automobilismo mundial, Kimi retorna para a F-1 pela equipe Lotus. É mais um campeão mundial que abandonou a categoria e por qualquer que seja o motivo, resolveu (e conseguiu) voltar. Mas assim como Schumacher, acho que Kimi terá uma vida bastante complicada.

A Lotus levou um baque enorme com a perda de Kubica. O polonês era o "cara" para elevar a equipe aos pontos, pódios, vitórias e quem sabe até lutar pelo título. Era a grana do Petrov e o braço do polonês. Com o acidente de Kubica a equipe perdeu o rumo. No momento em que as chances de retorno dele tornaram-se praticamente zero, precisam de um figurão porque não era Petrov, Senna, Grosjean ou qualquer outro piloto mediano que levantaria a equipe. A saída foi Raikkonen.

O problema é que Kimi é uma incógnita. Se foi falta de interesse, desmotivação, falta de desafio, o que for, a verdade é que assim como Massa não foi mais o mesmo depois do acidente na Hungria, Kimi não foi mais o mesmo depois do título de 2007. Largou a F-1, foi correr de rally, capotou como ninguém, foi pros EUA, correu nas categorias de base da Nascar, atirou para todos os lados. Pareceu totalmente sem rumo. E agora voltou.

O vídeo abaixo mostra o retorno do finlandês ao cockpit de um F-1. O retorno de uma lenda? Exagero né? Kimi é um dos grandes, campeão do mundo, andava rápido mesmo e tinha uma irreverência singular fora da pista. Mas Legend caberia quando Prost voltou, quando Schumacher voltou. No caso de Kimi, é forçar a barra...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Eike Batista já tinha cravado...


E Bruno Senna ganhou a disputa com Barrichello. Embalado pelo novo padrinho Eike Batista (repito, pro cara ter cravado no twitter que Bruno Senna era da Willians quase uma semana atrás... tava na cara), o sobrinho mais famoso das pistas ganha sua última chance numa carreira pouco produtiva e que vai aos trancos e barrancos.

A Willians não deve ter um ano muito melhor do que 2011. Além de contar com uma dupla de pilotos que não oferecem mais do que o arroz com feijão, a grana anda curta no bolso de Mr. Frank Willians. A equipe me lembra hoje o que foi a Lotus no início da década de 90, vivia pelo nome e pelo passado, não pelo presente. A Lotus fechou as portas acho que em 94 e só voltou recentemente.

Diante desse cenário, Bruno não deve ser muito cobrado por resultados relevantes, por pódios e pontos em todas as provas como ele mesmo está pregando. Acho que a equipe vai brigar novamente no pelotão de trás e isso deixa ele com apenas 1 meta. Bater o seu companheiro. Ou melhor, aniquilar seu companheiro. E vai ser complicado porque Maldonado foi muito bem contra Barrichello nas classificações, mas apanhava em corrida. O problema é que Senna mostrou-se bastante fraco em corridas.

A vida vai ser dura pra Bruno, com tanta gente que ficou sem cockpit - Petrov, Alguersuari, Buemi, Sutil, etc... vai ter que mostrar serviço até a metade da temporada.

E depois eu volto para falar sobre a pseudo-aposentadoria do Barricas.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Bloody Peaky Cars - O Retorno!

A história do momento nos sites de F1 é o sistema passivo de controle de pitch em frenagem que, de acordo com a mídia, foi desenvolvido pela Renault (Lotus, ainda está difícil escrever esse nome para aquela equipe) e está sendo copiado por outras. Já li algumas explicações um pouco diferentes sobre como funciona o mecanismo, mas o princípio é o mesmo: a torque de frenagem de alguma maneira é transformado em pressão hidráulica que é então utilizado para controlar a atitude do carro. Não acho que o sistema seja revolucionário, a novidade foi uma mudança recente no texto do regulamento e que tornou essa opção possível, mas acredito que esta tecnologia não é tão novidade.

O que torna o sistema muito atrativo em um carro de F1 é que ele reduz as variações do ângulo de pitch do carro durante a frenagem, o que por consequência permite que o carro trabalhe mais próximo do solo e seja mais otimizado aerodinamicamente para esta condição. Lembram do post do Gonzo “Bloody Peaky Cars!”??? O conceito se aplica perfeitamente aqui, os limites de variação do ângulo de pitch em que o carro opera são reduzidos e a performance aerodinâmica pode ser maximizada nesta faixa de operação.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Aaadrian!!!

Depois de zoar o CT, agora é a minha vez de me zoar. Como depois do FSAE Brasil 2010 tive o "momento umbigo fundo", depois da competição 2011 estou com uma nova, o "momento Rocky Balboa". A foto dispensa explicações:



A foto do Balboa da esquerda é do Murilo Braz. O Balboa da direita é divulgação.


A verdade aparece

Vamos limpando as pendências. Desertei o esporte mas tem muita coisa na fila pra postar.

Essa aqui é do CT. Ele divulgou no seu blog que ele não saiu na foto oficial porque estava ensaiando uma asa na Itália. Mas não é bem assim. A foto oficial foi editada. Eles tiraram o CT da foto pras coisas ficarem mais uniformes. O Stu me mandou a foto original:

Brincadeiras à parte, parabéns, CT!! Que a Caterham passe algumas equipes antigas, e que seu trabalho continue ajudando os caras a andar cada vez mais rápido. Estamos na torcida!!

Soldado Gonzo pedindo baixa

Bom, meus caros, aqui estou eu de volta. São meses de sumiço, agora vocês sabem porque. Mas é ainda estranho. Agora que a poeira está baixando, estou conseguindo colocar as coisas em dia. Então celebro este recomeço das postagens com uma “reflexão de homem na meia-idade”.


É que, passado o furacão, ficou uma sensação estranha. Trabalhar com carro de corrida no Brasil é mais ou menos como a vida militar. Fazer automobilismo de qualidade aqui é uma coisa bem utópica. Pilotos são na sua maioria pagantes, que não se preocupam muito com o esporte, somente com a sua diversão, e falam em esporte somente quando são prejudicados. A grande maioria nunca leu ou nem sabe o que é o CDA. Chefes de equipe mudam as regras com o carro já no grid. Os promotores não conseguem divulgar os seus eventos, e mal conseguem lucro nas provas. Ou conseguem, e enfiam a faca. Os meças ganham cada vez menos e são cada vez mais raros. A CBA, acomodada com tudo isso, vê tudo desmoronando e não se mexe pra mudar. As condições para se trabalhar são as piores possíveis, mas você tem que conviver com isso. Como no exército.


Eu fazia o que podia. Podia ser pouco, mas estava fazendo a minha parte pra melhorar o esporte que amo. Carros mais seguros, regulamentos um pouco mais rigorosos, que não permitissem interpretações dúbias, ajudando os clientes (pilotos) a compreenderem melhor como se ajusta o carro, enfim, fazendo o que desse pra que as coisas ficassem menos piores.
Mas abandonei tudo isso. É por isso que fica a sensação de desertor. Abandonar as coisas que se gosta de fazer sempre é ruim, e realmente isso me deixa incomodado. Mas como disse o Mário Guitti, ex-diretor da SAE, “o pré-sal está aí, e se a indústria automobilística não se mexer, vai ter um problema pra conseguir engenheiros.”


Pois é. A partir de agora, meus posts serão de mais um fã de corridas, e não mais de alguém que trabalha nelas. Meus agradecimentos às pessoas espetaculares com quem trabalhei, que também tem o mesmo objetivo, mas que também estão cansados de dar murros em ponta de faca. Espero que eles não desertem a missão também.

Imagenzinha besta, só pra ilustrar o post. acho que esta é a única foto minha "em combate". O clique é do parceiraço Cadu Rolim.


Atualizando:
Estou tanto tempo sem atuar pela CBA que até tinha esquecido de ser comissário. Não, ainda continuo com isso na CBA. A minha sensação de abandono é com os meus amigos da Competição da MMC, e com todos aqueles que ainda acreditam que se pode melhorar. A eles, que fazem milagres com os poucos recursos que tem, o meu obrigado e o meu pedido de desculpas pela deserção. E também a quem me deixou passar anos bons na engenharia automotiva. Agora, vocês me lembraram que posso continuar militando, e podem ter certeza que vou fazer isso assim que possível!! Valeu!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Volta Zé - Dakar 2012

"Sé que nadie me ha visto, pero no podría dormir si acabase así la prueba", dijo el brasileño a los comisarios.

O Rally Dakar 2012 acabou na quinta etapa para nosso amigo Zé Youssef, por conta de uma quebra que fez a equipe apelar para ajuda externa. Pelo jeito ninguém viu o espectador arranjando uma bateria nova para eles, e por conta disso poderiam ter continuado a disputa. Mas ao chegar no acampamento, foram até a organização e comunicaram o ocorrido.

Parabéns a todos da equipe por fazerem a coisa certa. Agora, espanta como uma atitude que deveria ser o padrão para qualquer pessoa nessa situação seja encarada com tanta surpresa. É nessas horas que percebemos como o ser humano gosta de levar vantagem em tudo. A lei apenas aos outros, eu quero é me dar bem.

O Spinelli é um cara que já ganhou muita coisa nos mundo dos rallys, é um nome de peso do esporte. O Youssef pode ter uma carreira curta, mas já tem vitórias expressivas e sempre foi um cara correto. A Mitsubishi é uma equipe com história, uma empresa japonesa. Quando procuraram por ajuda externa já sabiam que o rally tinha acabado. Eles estavam entre os primeiros colocados, sinceramente não acho que passariam impunes se tentassem esconder algo. Chegaram se arrastando na especial depois de 6hs. Levando em conta que só podem receber ajuda de outras equipes, não
seria muito difícil ligar os pontos. Talvez horas após a chegada deles um grupo de comissários viria comunicar a desclassificação da equipe.

Fizeram a coisa certa e merecem todo o reconhecimento que estão recebendo. Só fico desanimado quando percebo que a boa parte das pessoas não tomariam a mesma atitude.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Resultado da São Silvestre 2011


Ta aí meu resultado na São Silvestre. Na verdade fiz 1 segundo a menos do que imaginava. E minha classificação final foi da metade pra frente. Fiquei em 12 mil e qualquer coisa e tinham 26 mil corredores de acordo com a organização! Um resultado retumbante!

E chega de São Silvestre, hora de voltar a falar de corrida de verdade. O Eike Batista já cravou o Senninha na Willians. E como o problema pra conseguir a vaga é dinheiro, acho que ninguém melhor do que o Tio Patinhas brasileiro pra dar uma declaração dessas.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Vai Zé - mas tá ficando complicado - Dakar 2012

Acabei de pegar essa informação no site oficial do Dakar:

Brazilian driver Guilherme Spinelli (Mitsubishi) is slowly heading towards the end of the special stage and has just passed CP5 located at the 170-km point, very near to the finishing line. He has been in the time section for more than 6 hours and 40 minutes.

Chegaram na centésima posição no quinto dia, mais de 4hs atrás do vencedor. Somando com o pneu furado e a perda da roda no terceiro dia, tá complicado pro nosso amigo de DivinÓlândia!

Vai Zé!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Vai Zé - Dakar 2012


Olha o estilo do Zé - essa foto foi retirada do site oficial do Rally Dakar.

Boa sorte para nosso amigo em mais esse Rally. Ontem eles chegaram em décimo lugar no geral. Estão uns 2 minutos e pouco do líder. A tabela abaixo mostra o resumo do primeiro estágio - tirado do portal IG.

Esse piloto em quinto lugar... é aquele mesmo??

domingo, 1 de janeiro de 2012

Uma São Silvestre em 6720 Segundos!!

Pouco?? Bastante?? O suficiente para ganhar o jantar do CT??

Foi bem legal correr a São Silvestre ano passado. O novo percurso fez a prova virar uma montanha russa que ficou ainda mais complicado com o dilúvio que caiu. Corri pra chegar e consegui algo inédito que não imaginava que conseguiria - corria a prova toda! Em nenhuma das tentativas anteriores tinha conseguido isso, foram 3 corridas em que tive que andar algumas partes da Brigadeiro.

As dificuldades começaram no grid. Assim que foi dada a largada começou a chover e como eu estava com acerto e pneus para pista seca já sabia que não seria fácil. Entre o Km 2 e 3, na região do Pacaembu, caiu o primeiro dilúvio. Choveu demais e fui no ritmo do Safety Car. Retomei o ritmo no final da Pacaembu e fui no embalo até chegar no centro de São Paulo. Dai caiu o segundo dilúvio e a subida do Largo São Francisco foi novamente na esteira do Safety Car.

Chegou então os 2,5Km de subida da Brigadeiro. Nesse ponto já estava no Km 10, era a autonomia que eu garantia. Dali pra frente, fui no melhor estilo marcha atlética, tava pregado. Quando cheguei no topo da Brigadeiro veio o trecho novo, a descida de 2Km até o Ibirapuera. E veio o terceiro dilúvio. Desci em marcha lenta, não tinha mais perna nem fôlego.

Quando cheguei no Km 14, encontrei a motivação que precisava pra chegar em grande estilo... avistei o Buzz Lightyear, o Woody, o Shreek e o Burro. Um esforço final, abri o DRS e ultrapassei meus adversários! Pelo menos deles eu ganhei!

Depois da chegada, uma situação lamentável. Imaginem 25 mil pessoas passando por um gramado com chuva forte? A dispersão era um pântano e ninguém sabia como ir embora. Vão meter o pau nessa São Silvestre que acaba no Ibirapuera, não sei se tem vida longa...

E ai CT, já fez as contas?? Corri sem olhar para o relógio, já estava difícil manter a concentração pra não gastar energia a toa, se ficasse preocupado com o tempo só ia piorar. Terminei a prova em 1 hora, 52 minutos cravados. Fui bastante prejudicado pela condição da pista, safety car, aquaplanagem, motor aspirado que perdeu potência e um sistema de suspensão que praticamente travou depois do Km 10. Mas só de conseguir correr os 15Km sem parar valeu demais!

Agora é só esperar a próxima visita do CT no Brasil pra gente curtir o jantar. Ele com certeza vai curtir um pouco mais!