quarta-feira, 29 de abril de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Post de teste - Parênteses, colchetes e chaves


Já ouvi um monte sobre o desempenho do Rubens no GP do Bahrein. O Galvão berrou que foi um absurdo o erro de tática. Muita gente declarou favorecimento ao Button, que Rubens não é tão bom piloto assim, que perdeu para Schumacher, e que perdeu para Button, e vai ser eterno segundo. Eu até pensei um pouco nessa hipótese, mas algumas coisas me vieram na cabeça depois.


Abre parênteses. O ano era 1986. Uma tarde de domingo. De tanto eu encher o saco falando de corrida, meu pai resolveu me levar ao kartódromo. Foi a primeira corrida de carros que eu vi ao vivo. Se o velho soubesse o monstro que estava criando naquele dia...


Enfim, era campeonato paulista, eu me sentei debaixo duma mangueira com meu pai, ele trouxe lanche para passarmos a tarde. lembro do sol brilhando no asfalto no final da tarde, do cheiro do óleo pra motor 2 tempos, mas eu lembro mesmo da corrida principal.



Um moleque de macacão vermelho, kart branco, com patrocínio da Prológica, era o pole. Em segundo, um moleque pequeno mas gordinho, com um patrocínio da Alô Brasil. A corrida começou, foi uma briga simples, logo o gordinho da Alô Brasil passou, abriu vantagem e controlou a corrida. Venceu bem. Mas meu favorito era o moleque da Prologica, por causa do seu sobrenome mágico: Fittipaldi. O garoto que ganhou, era o Rubinho.

Outra coisa que me marcou naquele dia foi que o meu pai me levou para os boxes, depois da corrida. Eu vi que o vencedor tinha uma estrutura infinitamente menor que o Christian. Mesmo com menos condições, era possível vencer, bastava ter talento. Fecha parêntese.





Christian e Rubens. Não achei o crédito da foto.

Abre colchete. Semana passada, encontrei um comissário da CBA das antigas. Das antigas mesmo, ele já estava na CBA desde a época da Super-Vê. Fez todos os tipos de categorias do Brasil, de kart a Fórmula 3, de rally a F1. E disse que somente 2 pilotos o impressionaram tanto quanto Ayrton Senna: Rubens Barrichello e R.P. O último eu vou omitir porque se perdeu no álcool, e não é tema deste post. Mas o moleque Barrichello tinha um talento nato. Outro experiente engenheiro, que trabalhou com ele na Europa, resumiu assim: "Ele é rápido pra caralho."Fecha colchete.

Abre chave. Rubens sempre foi competente em todas as categorias que disputou. Tecnicamente, muito acima da média. Chegou na F1, conquistou seu espaço renasceu várias vezes, e agora tem a sua (provavelmente) última chance de vencer o campeonato. Fecha chave.

A matemática nos traz para o GP do Bahrein de 2009. Rubens é um piloto ruim? Não é mesmo. Nunca foi. Foi prejudicado pela Ferrari? Foi, mas a equipe precisava fazer opções. Faz parte do jogo, e Schumacher foi melhor que ele. Essa parada a mais foi para prejudicar Rubens? Não. Button não é melhor que Rubens. Ambos são bons, mas não é uma comparação com Schumacher. É com Button. Então porque a Brawn sacaneou Rubens fazendo uma parada a mais?

As 3 paradas estavam programadas. Anteciparam o pit stop para evitar o tráfego. Mas o engenheiro do Barrica não viu que dava para fazer uma parada só. Esqueceu de fazer as contas, estava com diarréia, descobriu que era corno ao voltar das corridas do oriente, estava preocupado com a pressão do óleo, sei lá o que deu na cabeça dele. Mas cometeu um erro, essas coisas acontecem na corrida, não viu que dava para mudar a estratégia, e prejudicou a prova do Rubens. Só isso.

A situação de Barrichello é delicada, ele precisa reverter o quadro. Tudo o que eu escrevi acima foi sobre Rubens dentro de um carro de corrida, e não sobre fora. Desculpas esfarrapadas, frases infelizes, diarréias mentais, podem ser defeitos que comprometem o seu desempenho, e por isso que eu acho que o campeonato acabou pra ele.

sábado, 18 de abril de 2009

formula1 china rubinho ganha
Teste